VW Golf 1.6TDI DSG

Para quem já teve ou tem um GOLF, sabe que existiu sempre algo que o diferenciou da concorrência. Se o desenho exterior não sofre grandes mutações, antes evoluções, já o restante tem registado evoluções assinaláveis.

Mas vamos por partes. Atualmente raros são os modelos que concorrem com o GOLF que não possuem qualidade de construção, rigor nos acabamentos, espaço interior, bons chassis. Dito de outro modo, hoje em dia, os automóveis equivalem-se bastante e, onde uns ganham pontos, noutros perdem-nos, ficando o ónus da decisão de quem compra sempre para o que o cliente considera relevante no seu futuro automóvel ou até no valor da retoma da sua viatura.

Exteriormente o GOLF aproxima-se em demasia do Polo e do Passat, sendo em minha opinião, um dos pontos que o GOLF poderia diferenciar-se mais. No entanto, a imagem que transparece, seja qual o ângulo em que o vemos, é a de um modelo robusto, dinâmico, espaçoso, mantendo um compromisso que lhe permite passar incólume aos anos.

No interior, segue a linhagem VW, num tablier idêntico aos irmãos de gama, simplista mas completo, sem rasgos de formas curvilíneas que rapidamente cansam, mantendo um aspeto com personalidade. Sentado nos bons bancos que nos envolvem, rapidamente percebemos que tudo encaixa na perfeição mas sobretudo, rapidamente se percebe o motivo pelo qual o GOLF tem uma legião de fãs. A qualidade de construção, o detalhe, os acabamentos, estão acima da concorrência, o rigor das soluções encontradas surpreende e mesmo o auto-rádio (ou melhor, o infotainment) concentra o autorádio, CD, multimédia, mas sobretudo o computador de bordo completo, com destaque para o ecrã sensível ao toque por aproximação. Sobressai ainda o bom espaço interior, tanto à frente como atrás, mesmo em largura.

Mas é em estrada que também se percebe as diferenças face à concorrência. Num modelo bastante confortável, silencioso (seja qual a velocidade), sobressai a excelência do chassis (embora com um motor de 105cv não seja possível testar os seus limites) e, contra as minhas expetativas iniciais, o motor 1.6 TDI de 105 cv “casa” lindamente com a caixa DSG de dupla embraiagem e 7 velocidades, que permite explorar a pouca cavalagem do modelo.

Em resumo, a concorrência enfrenta um modelo que continua a marcar o seu próprio estilo, a sua autenticidade e a “transpirar” qualidade e rigor de construção, sendo difícil encontrar falhas, num modelo que se inicia nos 22.000€ (1.2TSI)  até aos 28.000€ (1.4TSI de 140cv) e que nos diesel se inicia nos  26.000€ (1.6 de 105cv) até aos 38.000€  (2.0 de 150cv)

Unidade ensaiada: 30.000€

Agradecemos à SOAUTO na EXPO (Rua Cintura do Porto, Armazém 24 Matinha)  a cedência da viatura para este ensaio.