Volvo XC60 Drive 2.4D

Seja pela beleza das suas linhas, seja pelo (característico) odor dos bancos em pele, seja pela qualidade que se “respira”.

Para este mês, a Volvo cedeu-nos a versão ecológica do XC60 – Drive, juntamente com uma pequena  remodelação estética do modelo, que ainda o torna mais belo.

O XC60 foi lançado  e apelidado como um dos mais bonitos SUV do momento. Poucos se lhe conseguem equiparar.

ESTÉTICA, CONSTRUÇÃO E SEGURANÇA

Nesta versão ecológica e com um preço mais contido, o SUV “apenas” trazia incluídos além dos habituais sistemas de segurança (ABS; ESP), os airbags frontais, laterais de cortina, os laterais para o tórax e o City Safety. Na lista de opcionais, foram colocados o sistema de eliminação do ângulo morto – BLIS, o sistema de detecção de mudança involuntária de faixa de rodagem, o cruise control adaptativo (somente o tradicional estava presente), as cadeiras de criança, as jantes de liga leve de 18” e o sistema auxiliar traseiro de estacionamento.

A segurança mantém-se ao nível que nos habituou, ou seja, muito boa, assim como a qualidade de construção, onde é difícil fazer reparos.

Estranhamos de início,  o espaço reservado (plástico preto) na consola para o sistema de navegação. Mas não é isso que nos priva de desbravar novos caminhos.

CONFORTO, HABITÁCULO E EQUIPAMENTO

Esta  versão parece ter corrigido um aspecto que tínhamos notado em anterior ensaio – algumas reacções mais bruscas da carroçaria quando o piso se encontrava degradado. Actualmente, não o verificámos e o conforto esteve sempre num patamar bom, muito embora os pneus de 18” contribuam para alguma perda de conforto, face ao que a Volvo nos habituou nos seus modelos “normais”. Refira-se que é fácil, uma vez sentados ao volante, encontrar uma boa posição de condução (tudo é manual – bancos e volante). Após encontrada, nunca mais é necessário alterá-la. E este é um daqueles automóveis que, quando se senta ao volante, dificilmente o deixa ser conduzido por outros.

A ergonomia está, como sempre, num patamar elevado e não é fácil encontrar defeitos. Um dos encontrados foi o microfone do sistema bluetooth do telemóvel que fica no tecto e torna-se por vezes difícil os outros ouvirem-nos. Melhorado este detalhe, o sistema é por demais intuitivo, à boa maneira portuguesa, o livro de instruções nem é necessário. Passar de um telefonema audível por todos, para um em privado, é intuitivo quanto baste.

COMPORTAMENTO

O SUV foi testado em auto-estrada e estrada nacional. Em ambas, é difícil encontrar grandes reparos para escrever. Somente em estradas nacionais e exagerando em curvas fechadas, se nota algumas correcções do ESP e alguma perda de tracção da roda interior. Mas aí estamos a falar de exigir a um SUV, com tracção a apenas duas rodas e alto, um comportamento de um desportivo,  o que não é correcto nem sequer é esse o posicionamento deste modelo.

O motor 2.4 diesel com 175Cv é mais que suficiente para fazer deslocar (ou descolar) o XC60, que se mostrou sempre solícito, enquanto que a sua presença não se intromete no habitáculo. Quem andou como nós,  com a versão mais potente (D5) e com esta (2.4 D), mesmo assim considera que ambas têm demasiado motor (ou motor q.b.) , para as limitações das nossas estradas.

O XC60 comporta-se de modo exemplar e as viagens são sinónimo de grande prazer de condução (pena os bancos não proporcionarem grande apoio ao nível do peito, só na zona dos rins), pois essa falha, juntamente com a boa pele dos bancos, faz-nos escorregar  nalgumas curvas.

O XC60 possui travão eléctrico não automático, uma excelente caixa de 6 velocidades e uma vontade enorme de transpor os limites legais de velocidade. Os consumos, considerando que estamos em presença de um SUV, com um peso grande, faz consumos de 7.2 litros aos 120km/hora permitidos. Em cidade, o valor sobe para os 9,8 litros com facilidade.

CONCLUSÃO

Sobre um dos mais belos SUV foram operadas algumas alterações que tornaram ainda melhor um modelo “bem nascido” no seio da marca Volvo, onde o comportamento, qualidade e segurança estão num plano elevado.

Seguramente não é o mais cómodo dos Volvo (os grandes pneus para isso contribuem) mas é bastante confortável. O motor é uma adaptação do 2.5 diesel, que surge aqui limitado em termos de potência e com um só turbo,  e, embora seja uma viatura pesada, em nada se nota o elevado peso da mesma. O comportamento da viatura é de bom nível,  mas é importante não esquecer que este modelo só tem tracção às rodas da frente e, por isso, as entradas e às saídas em curva podem dar, por vezes, mais algum trabalho ao condutor.

Os consumos,  fruto também da tracção somente a duas rodas, não se tornam elevados.

Enfim, vale a pena a visita a um stand Volvo, se quiser comprar um SUV, principalmente com este posicionamento de preço, muito bom!

Consumos obtidos
90 km/hora…….: 6,6 litros
120 km/hora….:  7,2litros
Circuito urbano: 9,8 litros
Preço da unidade ensaiada
P.V.P. 43.000€

BREVES

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Ajudar o Afonso Couto
O piloto André Couto criou um grupo no Facebook com o nome «Ajudar o Afonso», onde relata o dia-a-dia do Afonso, com um diagnóstico de Leucemia. Neste grupo com mais de 14 mil pessoas, de várias nacionalidades, tenta-se dar conforto ao Afonso e à família.
Para ajudar, inscreva-se como dador! Para mais informações, consulte www.saveafonso.com

Sabia que deve montar os pneus novos ou menos gastos atrás ?
Independentemente de que o seu carro seja de tracção dianteira, traseira, ou 4×4, a Michelin recomenda montar os pneus novos ou menos gastos no eixo traseiro, para que obtenha uma maior segurança em caso de situações imprevistas e difíceis (travagem de emergência, curva fechada…) sobretudo em solo molhado.