Sul e Norte – Crónicas

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SUL

No último artigo tinha partilhado convosco os vários acontecimentos sobre a Escola do Parque das Nações Sul. Hoje, gostava de partilhar o início da actividade escolar bem como o destino a dar aos espaços ainda por edificar no Parque das Nações.

Escola Parque das Nações Sul
O  1º e 2º anos foram colocados, temporariamente, na  Escola Vasco da  Gama mas o jardim de infância não está  nestas instalações . Estão nas suas escolas de origem e quando abrir a Escola do Parque das Nações Sul, fazem directamente  a transferência.
Houve também uma outra alteração. A Escola Vasco da Gama e a Escola do Parque das Nações Sul,  fazem  agora parte do  agrupamento da Escola Eça de Queiroz.
Os meus filhos entraram no 2º ano, dia 15 de Setembro foi o primeiro dia de aulas. Estão a ter aulas na Escola Vasco da Gama, em “monoblocos climatizados” (realmente é mais simpático do que dizer contentores…). Estão bem instalados, numa zona que está ao lado do  campo de futebol.
Enquanto mãe, nestes dois dias de aulas gostei muito do ambiente.  Apesar  dos gémeos  terem que fazer “algumas mudanças” em Janeiro – mudam para a Escola da Expo Sul e mudam também de  Professora, pois encontra-se com licença de maternidade – considero  que valeu a pena!
Confesso que fiquei muito agradada com a  equipa, Professores e Funcionários,  foram cordiais,  pareceram-me  muito competentes e motivados em fazer um bom  trabalho. Até porque esta transição lhes veio dar uma sobrecarga de trabalho mas não senti desagrado na forma como lidavam com a situação. E acredito ter havido muito esforço  de “bastidores” para colocar as estruturas como estão…
Em síntese:
Mesmo com todas as mudanças que as crianças tiveram e ainda irão ter, acredito que o benefício é superior  para elas. Como Mãe, gerir a mudança nesta fase das suas vidas, deve ser feito sem dramas, explicando-lhes as vantagens destas mudanças (para a Vasco da Gama, posteriormente para a zona sul, a mudança de Professores, a alteração do corpo Docente durante este 1º período), transmitindo-lhes segurança, confiança e calma. Tentar levar todas estas mudanças como se de um jogo divertido se tratasse, de modo a não lhes causar instabilidade. Acima de tudo, deixá-las ser crianças (felizes)  e que a sua aprendizagem decorra  de um modo natural e com prazer.

“O que vai ser aqui?”

É provável que já tenha questionado, enquanto passeia pela Zona Sul:  “o que irá ser aqui?” .
Um dia, surgiu-me também essa pergunta. Estava a andar de bicicleta e passei por locais vedados e por construir. Tive a curiosidade de saber o que eram e pensei que esta informação pudesse ser útil para mais pessoas. Eventualmente por  questões de investimento, ou por  simples curiosidade…
Segundo dados da Geurbana, sociedade que faz a gestão urbana do Parque das nações, e que pertence à  Parque Expo, actualmente, está previsto,
para o terreno que está de frente para a Praça Príncipe Perfeito: um hotel,  escritórios e serviços.
Para quem pretenda consultar mais detalhadamente o lote, recomendo que vá ao site: www.parquedasnacoes.pt, “parque das nações”, “Projecto” e no final da página 3 encontra os “Planos de Pormenor”  com a Planta do Parque das Nações. O hotel corresponde ao  lote 1.10.01. Os escritórios e serviços correspondem ao lote 1.10.02.

Futuro Hotel, escritórios e serviços

Ao lado da Praça Príncipe Perfeito, na Avenida D. João II,  está também um terreno por construir, que se destina a escritórios e serviços. Neste caso, está uma placa informativa no local, a mencionar a comercialização de escritórios e chama-se  “Globo Business Center”. Os lotes são 1.11.01.

Futura zona de  escritórios e serviços

Entre o futuro  “Globo Business Center”  e o edifício Adamastor, existe outro terreno por construir, que está destinado a hotelaria e serviços. É o lote 1.12.01 e 1.12.04.

Terreno destinado a hotelaria e serviços

Para a próxima edição irei referir o que se prevê construir nos outros locais.

Rita Vitorino de Carvalho
[email protected]
www.ritavitorinodecarvalho.com

 

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NORTE

Fornecimento de Água – Discriminação bem a Norte, vulgo Loures

No PN existem duas redes independentes de abastecimento de água potável, fornecidas pela EPAL e destinadas ao consumo humano: uma que abastece os moradores do concelho de Loures e outra os moradores de Lisboa. Instaladas pela Parque Expo, no âmbito dos trabalhos de infra-estruturação do território que precederam a EXPO’98, deram origem à única estrutura de abastecimento não uniformizada do PN e estabeleceram mais uma fronteira desnecessária. Tal divisão, legitima uma injustiça para os habitantes que residem em “Loures” e uma desvantagem competitiva para as empresas aí estabelecidas, face aos concorrentes do lado “Lisboa”:
A mesmíssima água, fornecida pela EPAL (que factura pela sua tarifa directa aos utentes do PN Lisboa), “é cobrada bastante inflacionada, nas facturas apresentadas pela PExpo aos moradores no PN Loures, informando limitar-se a reproduzir o tarifário desses serviços municipalizados. Uma vez li alguém do SMAS Loures que se queixava do valor que a EPAL lhes cobrava pela água, mas segundo esta empresa, as tarifas cobradas são da competência desse município e aprovadas em Assembleia própria.
Não é só o custo da Água consumida que penaliza, mas esse valor base mais alto, acaba por inflacionar as taxas variáveis, cobradas em adicional pela PExpo, para fazer face às despesas de gestão e manutenção da rede de abastecimento, saneamento e recolha de RSU (taxas que no caso dos habitantes e lojistas de Lisboa são bem mais comedidas), o que, por sua vez, também aumenta o IVA cobrado.
Como exemplo, comparei os recibos da Água de duas famílias de 4 elementos, ambas moradoras na Rua Ilha dos Amores e com consumo médio similar. Pude constatar que no lar situado a Norte dessa via, a factura final pode custar até mais 77% do valor pago pela família “lisboeta”. Mais, posso quantificar, na Torre Verde que fornece água aquecida aos condóminos, gastamos por ano em água canalizada, mais 8.800€ (inclui taxas variáveis e impostos), do que se pagaria, se o edifício estivesse implantado, umas centenas de metros mais a sul, em Lisboa.
Agradeço ao Núcleo de Comunicação e Assessoria Mediática da Parque Expo, na pessoa de Rita Assis dos Santos, e ao Gabinete de Imagem e Comunicação da EPAL, a informação prontamente disponibilizada.

Escola EBI/Parque das Nações – abertura adiada
Sempre entendi o prazo anunciado para concretizar a nova escola, ambicioso, mas concedia o benefício da dúvida às entidades envolvidas (ver NP nº52, Abril). Em Fevereiro, a PExpo comunicava a adjudicação da empreitada de construção da 1ª Fase da Escola da zona Sul do PN, com prazo de execução de 180 dias, começando a obra em Março e abertura das aulas ao 1º ciclo e ao Jardim de Infância, prevista no início deste ano lectivo. No 1º mês, a construtora pareceu ausente, o arranque e andamento dos trabalhos foram a espaços intermitentes, apenas laborando nos dias úteis. Assim era e foi impossível cumprir o prazo de execução. A solução foi adiar o início do JI e criar uma escola quase virtual: as 4 turmas aceites (3 do 1º ano e uma do 2º), terão as suas actividades em monoblocos, na Vasco da Gama, até transitarem para a nova escola. Decisão irónica, se lembrarmos que no último ano lectivo, foi inviabilizada a hipótese de colocação de monobloco para criar apenas uma turma extra do 1º ano, destinada a uma vintena de alunos do JI não aceites no 1º Ciclo. Aos pais das crianças que se candidataram ao Jardim de Infância (alguns suspenderam inscrições noutros estabelecimentos de ensino), resta esperar que a escola esteja em condições de abrir, no próximo período escolar, a 3 de Janeiro.

Tráfego na Via do Oriente
Em entrevista ao NP, a PSP local confessando-se impotente para afastar os indesejáveis street racers que amiúde aceleravam nesta via, sugeriu a colocação de lombas redutoras de velocidade que foram instaladas durante o mês de Julho. Ao invés de se reprimir os prevaricadores, optou-se pela solução facilitista, de, por meio dessas lombas, impor mais 6 passadeiras de peões (existiam 3) e em simultâneo, reduzir o limite de velocidade aí permitido, a 30 km/h. Trata-se de rara artéria com pavimento impecável, onde em condições normais, bastavam passadeiras planas: uma em cada das suas extremidades e outras tantas nos locais de paragem do autocarro nº 305 da RL. Esta talvez a única razão que pode levar um transeunte a atravessar a meio da avenida, para o lado contrário ao dos edifícios Parque do Rio, onde nem passeios existem. Mais uma vez, pagam os automóveis e a produtividade dos justos, pelos abusos dos automobilistas pecadores.

Nota – Já se antevê o fim dos estaleiros da obra do Metro. Fica a esperança de que o viaduto que atravessa Moscavide, volte a ter em breve 2 faixas de rodagem de cada lado, minorando os aborrecidos condicionamentos de trânsito que foram inevitáveis nos últimos anos. Fazemos fé que o Metropolitano de Lisboa reponha os pavimentos e passeios, senão em melhores, pelo menos em tão boas condições como os encontraram.

José Teles Baltazar
vestido na Dunhill (C.C. Amoreiras loja 2151)[/vc_column_text][divider line_type=”No Line” custom_height=”50″][/vc_column][/vc_row]