Mercedes C250 cdi

Sempre que uma versão de qualquer modelo é renovada, obviamente que se tenta melhorar os pontos menos conseguidos da versão anterior e as sugestões recebidas pelos jornalistas e clientes. Pois bem, foi isso que a Mercedes fez, mas é sempre tarefa difícil quando se tem já um excelente produto no mercado.

Exteriormente o C, ganha mais actualidade e dinamismo. Se, pessoalmente gostava da versão anterior do C, mas não de modo empolgado, nesta a situação é bem diferente. As mudanças operadas no C, tornam-no por demais bem conseguido, principalmente na sua zona frontal.

No interior respira-se qualidade em qualquer sítio e torna-se difícil criticar. O C foi feito para qualquer pessoa e qualquer uma encaixa na perfeição num habitáculo feito para ela. Seja ao nível dos bancos, da ergonomia, da estética, do conforto. Enfim, estamos em presença de um modelo pensado ao detalhe. A ergonomia marca presença, muito embora, continuemos a considerar que a haste única do lado esquerdo – que serve para usar os “piscas” e accionar o limpa vidros – e a segunda haste do excelente cruise control adaptativo colocada muito junto à anterior, e várias vezes accionada por lapso, e o travão de estacionamento (ainda) de pé – que continua a confundir – podiam ser melhorados e alterados. Esquecendo estes pontos, o trabalho de encontrar defeitos é perda de tempo.

Mas se até agora não existem grandes critícas, o melhor será em estrada perceber o que temos entre mãos.

Assim que accionamos a chave encontramos um modelo muito silencioso, uma caixa de 7 velocidades automática a assistir perfeitamente os 204 cv do modelo e sem delays entre relações. E encontramos um C demasiado fácil de conduzir em cidade ou estrada, com muitas ajudas electrónicas, desde o triângulo que assinala o ângulo morto do espelho, à câmara de estacionamento traseira, ao sensor no volante que detecta a transposição de faixa de rodagem (projectado de imediato no espectacular painel de instrumentos com imagens ilustrativas do que está a acontecer), ou então do sensor que detecta os sinais de trânsito. O comportamento, sempre de bom nível, onde o chassis acompanha integralmente o motor do C. E, se em estrada podemos circular a 90km/hora e gastar (numa unidade nova) 3,2litros!!!!, a 150km/hora, vamos a gastar 7,1litros!!!). O ponto fraco do modelo existe. O pouco tempo que nos foi disponibilizado para ensaio, pois “colou-se-nos à pele”.

Preço da unidade ensaiada: 68.000€ (disponível a partir de 48.000€)