A Associação de Moradores entregou, na Assembleia da República, mais de cinco mil assinaturas da terceira petição feita com vista à criação de uma freguesia única no PN. Depois de um breve resumo histórico deste dossiê, que podemos encontrar nas páginas da AMCPN (páginas 6 e 7), fica um resumo das principais razões que, para Marco Neves, levam esta associação a reivindicar a unificação deste território
-Por razões de lógica: o Parque das Nações foi criado de raiz e arrisca-se a ser retalhado em três parcelas, assassinando uma comunidade que já se sente a nascer.
-Por razões económicas: porque criar a freguesia seria fácil e barato e, por outro lado, gerir este espaço dividido em três parcelas é mais caro do que fazê-lo de forma integrada.
Por razões de futuro: o Parque das Nações, que será uma freguesia equilibrada e planeada, será o exemplo do que queremos para o resto da cidade e do país: uma divisão autárquica realista e assente na realidade da população.
-Por razões de justiça: as freguesias que deveriam gerir o Parque das Nações — e não o fazem — têm preocupações e problemas próprios — não deviam ser sobrecarregadas com este fardo.
-Por razões legais: a comunidade do Parque das Nações não é gerida pelos seus representantes, mas sim por uma empresa — o Parque das Nações não é diferente do resto do país e deve ser gerido por uma freguesia.
-Por razões práticas: é difícil — ou mesmo impossível — gerir este espaço dividido em três: há demasiados equipamentos comuns. Além disso, uma freguesia irá possibilitar a defesa dos interesses desta comunidade, no que toca à saúde, educação, ordenamento do território, cultura, etc..
-Por razões óbvias: se conseguimos fazer um bairro de raiz, de qualidade reconhecida internacionalmente e visitado por milhões de pessoas, não conseguiremos fazer esta pequena alteração à divisão autárquica?
Por estas e outras razões, defendemos a criação da Freguesia do Parque das Nações, na sequência de um processo de negociação com o conce-lho de Loures (para o ressarcir da perda de território) e como ponto de partida de um processo de reestruturação da divisão autárquica do país.
No ano em que se comemoram os 100 anos da República, devemos possibilitar a este bairro, que todo o país conhece, aquilo que todo o país tem: uma representação democrática e instituições próprias que permitam desenvolver-se enquanto comunidade local, no seio da cidade de Lisboa.