Norte

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Nesta edição, o jornal comemora mais um aniversário, o 11º. Fruto de incansável labor do seu diretor (duplamente de parabéns, no passado dia 4 foi pai de uma nova expoente, a Maria) e da dedicação dos seus colaboradores, o Notícias do Parque tornou-se seguramente o melhor projeto multimédia de cariz local. Parece que foi ontem, mas passaram quase 3 anos desde que o Miguel Meneses me desafiou para redigir um texto. Ganhei-lhe o gosto e passei a escrever com regularidade, pesquisando e opinando sobre temas que entendo interessantes de partilhar com os leitores.

Ainda a Freguesia Imaginada
Com a aprovação do projeto lei que consagra esta Freguesia, os protestos de Loures não se fizeram esperar. O seu presidente fica desesperado apenas pela perda de receita futura (os moradores já os tinha perdido) que estima em 3 milhões€ IMI ano, talvez exagere tendo em vista reclamar contrapartidas. Decide apelar ao Presidente da República para não ratificar o diploma, munindo-se de um parecer de Jorge Miranda, considerando que a nossa freguesia fere a Constituição por falta de consulta aos órgãos autárquicos afetados. É normal favorecer o patrocinador, mas trata-se de uma falácia, pois assisti à assembleia em Moscavide, convocada para debater os projetos lei que defendiam o Parque das Nações, entre os quais o 120/XII.
O diploma em questão para ser publicado em Diário da República carecia de promulgação presidencial e caso não oferecesse dúvida, seria um processo para cerca de 5 semanas. Não constava do plano era que o apenso novo mapa de Lisboa contivesse erro crasso nos limites da cidade, revertendo território dos Olivais para o concelho de Loures. Tratou-se apenas de incompetência ou terá havido alguma manipulação premeditada?
O certo é que gerou escusada polémica, sobrecarregou os devidos trabalhos parlamentares e por falta de consenso para alterar, a AR decidiu enviar à Presidência o diploma com o erro, na melhor expectativa de que seja devolvido rapidamente, para então os proponentes redigirem um novo projeto. Sabe quanto tempo entretanto decorreu? Exatamente mais uma semana do que as previstas 5 semanas e ainda a procissão vai no adro.
Se ao menos o interregno  fosse aproveitado para reavaliar a obstinada decisão de acrescentar ao Parque vários bairros dos Olivais onde predominam prédios de rendas controladas… Será assim tão difícil prever o óbvio? A junção de zonas com infraestruturas e de gestão urbana diametralmente opostas, apenas serve para duplicar os tipos de competências da futura Freguesia.

Quanto à Gestão Urbana, congratulo-me com a avisada decisão da Ministra Assunção Cristas, de manter a PEGU no terreno. Os turistas merecem, mas principalmente agradecem os investidores em habitação própria, em negócios e todas as empresas que se instalaram no PdN. Foram todos esses que consolidando os custos de um evento ímpar, permitiram o implantar de  uma nova “cidade” de sucesso e plena de vida. Não penso que tenha sido qualquer Providência Cautelar a convencer o governo a prolongar a existência dessa empresa. Face à recusa da Câmara de Lisboa já existia e bem um plano B.
A gestão do espaço público local apenas faz sentido se continuar a ser integrada e prestada por uma única entidade como sempre defendi em textos anteriores.https://noticiasdoparque.com/3269/norte-cronicas-2/   https://noticiasdoparque.com/3642/norte-cronicas-3/  https://noticiasdoparque.com/4297/norte-cronicas-4/ ).
António Costa, ao dar o dito por não dito e furtando-se a assumir a gestão sem auferir contrapartidas do estado central, teve o condão de afastar as pretensões de Loures. Por outro lado, comprova o estado depauperado das finanças da capital que esbanjou, por outras freguesias, a soma das contribuições dos habitantes do Parque das Nações. Cá não foi de certeza, inclusive os 2 municípios teimam em não assumir a dívida de 80 milhões €, contraída junto da Parque Expo, que os substituiu na prestação de serviços locais. E se Loures reclama o valor acima referido, será fácil ou daí talvez não, calcular o que Lisboa aqui arrecadou durante 14 anos e ainda virá a ganhar no futuro.
Como morador e contribuinte em dia, sinto-me no direito de que a situação administrativa atual seja clarificada o quanto antes, desfazendo este impasse e que a solução seja tomada num bom sentido.

Correios no Parque
Em boa hora para aqui se mudaram os serviços centrais dos CTT, atraídos pela modernidade do Parque nas Nações. Vieram umas centenas de trabalhadores, logo mais consumidores para o comércio local. O melhor foi o colmatar da procura crescente de serviços postais numa zona de enorme crescimento urbano, com a abertura da sua 2ª Estação. Uma alternativa à sobrecarregada loja da Gare do Oriente, localizada na Av. D. João II, no Edifício CTT.
O espaço agrega um conjunto de soluções tecnológicas e de auto serviço únicas, para funcionar 24 Horas por dia, 365 dias por ano. Nunca utilizei o atendimento ao público (dias úteis, 10:00-19:00) que me dizem ser simpático e eficiente, como se deseja em loja instalada numa sede. Num sábado, precisei de selo para remeter carta simples (0,32€), decidi experimentar e fui recebido por vários painéis, ecrãs ou terminais, tudo automatizado. Para envio existem duas máquinas, uma estava e continua, fora de serviço (*), a outra só aceitava correio registado ou Express Mail e quanto a selos, só em carteiras de 10. Valeu-me o marco com venda automática, junto à esquadra da PSP.

(*) O departamento da Modernização da Rede dos CTT, informa em 1ª mão que relativamente à circunstância de uma máquina Enviar Correio estar Fora de Serviço, prende-se com o facto de se encontrar afeta aos testes de desenvolvimento para disponibilização do envio de Correio Normal e Azul o que ocorrerá ainda este mês. Uma prospeção realizada junto dos clientes da loja revelou ser imprescindível proporcionar o envio desse tipo de correspondência.

Os Melhores Bairros de Lisboa
Na Revista do jornal Expresso (9 Junho), o tema forte e com honras de capa foi “Os Melhores Bairros para Viver em Lx e no Porto”, desenvolvido em forma de ranking. Na capital, o Parque das Nações ficou em 9º entre16 bairros analisados, atrás, por exemplo, de Benfica, Telheiras, Lumiar, Olivais e Alta de Lisboa. (?) Na média ponderada, o nosso bairro foi prejudicado pelas aparentes falta de escolas e de transportes. A pesquisa de campo demonstra desconhecimento do Parque e/ou fontes locais mal-informadas. Quanto a transportes, a Gare do Oriente é a única intermodal lisboeta. Liga o comboio (4 linhas), ao Metro (em Julho até ao aeroporto concorrendo com o aeroshuttle), aos Expressos (partem para todo o país e Europa), às carreiras interurbanas da RL e aos inúmeros autocarros da Carris (2 linhas de cada operador servem as extremidades do território. E escolas? Não chega um agrupamento de 3 escolas e a boa rede de escolas dos Olivais (11 estabelecimentos). Para quem prefere e pode, há ainda vários colégios privados (3 deles recentes e de excelência) e muitas creches/jardins de infância, também privados.
Que bairro da cidade tem, em simultâneo, um teatro; uma companhia de bailado; museus; a feira internacional de eventos; um pavilhão multiusos; um parque radical; meia dúzia de modernos hotéis; animação noturna em área não residencial; o teleférico fluvial e, é uma autêntica ciclovia, todo plano e banhado pelo Tejo? Sinceramente, não avisto e então com marina, oceanário, casino, jardins e árvores em profusão ao lon
go de toda a zona, sei que não há outro. Na próxima Crónica, em Outubro, desenvolverei o assunto.

Agradeço a Ana Cardoso da Modernização da Rede dos CTT, o esclarecimento prestado.

José Teles Baltazar
veste Dunhill (C.C. Amoreiras
piso 2 -lojas 2151/58 -tel. 213 880 282)

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