Edifício Nau

O Edifício Nau reabre e completa-se o puzzle da recuperação da marina. Com a crescente adesão de embarcações resta agora que esta emblemática galeria comercial, ao ar livre, com uma das melhores vistas da cidade, comece a  ser ocupada. Vilar Filipe, presidente da Marina PN, fala-nos sobre este espaço.

Trata-se de um local, só por si, bastante assediado pelas pessoas.
Esta circulação é muito utilizada e julgo que irá ser esse o padrão que se irá repetir. Depois, também, tem uma boa zona de estacionamento e quem quiser pode trazer a família e utilizá-lo como ponto de partida  para o seu passeio pelo Parque das Nações.

Quantos  espaços comercias são?
São trinta e três espaços. Fundamentalmente há os espaços para restauração que ficam no topo do edifício, parte sul e norte, que são espaços grandes com mais de 300 metros quadrados. Depois temos as galerias norte e sul, que têm como função receber espaços mais pequenos, destinadas a um conjunto de actividades, dedicadas ao apoio da componente náutica mas, também, cafés, papelarias, enfim, serviços de conveniência ao dia-a-dia, etc..

E para a restauração?
Temos 3 espaços destinados a clientes Premium, um no piso 0,  e os outros dois no primeiro andar, lado norte e sul. São espaços para os quais a Marina procura clientes Premium, que marquem a diferença pela qualidade garantido uma maior atractividade deste edifício. O grande objectivo comercial é virmos a ter  uma galeria comercial, ao ar livre e de excelência, na Zona Sul, do Parque das Nações.

E em relação aos eventos?
Quando fizemos a Bacia já tínhamos um cais para eventos, para quem queira realizar eventos ligados ao rio. Criámos, agora, um espaço na Ponte Cais com cerca de 1000 metros quadrados com área, também,  para a realização de eventos.

Têm tido muitos contactos?
Temos tido contactos. À medida que vamos vendo a bacia da marina a encher, vão sendo estimulados pelo facto de se estar a tornar um local interessante e bonito. A actividade náutica, por si, é muito atractiva. Podemos ter todos os tipos de eventos, desde casamentos a lançamentos de novas marcas de automóveis, sessões de fotografias para lançamento de novos produtos, como tivemos no outro dia. É sempre um local muito apetecível. Se o foi na altura em que estava fechado, agora então…
Entretanto, na marina, temos tido muita actividade. Já tivemos embarcações marino turísticas como o Príncipe Perfeito, para embarcar e desembarcar passageiros, como temos grupos mais radicais que usam embarcações semi-rígidas como os speed boats. Temos que explorar também essas vertentes.

As mais radicais?
Sim. Temos que estimular essas vertentes, também. Há uma coisa interessante. As canoas, motas de água e windsurf não tinham autorização para circular a montante de Algés e conseguimos que o porto de Lisboa autorizasse um triângulo que permitisse a circulação dessas vertentes náuticas. Vai desde a Doca do Poço do Bispo à foz do Trancão com o terceiro vértice em Alcochete. Coisas que uma marina sem um campo de regata em frente era um pouco limitador. Nós próprios já organizámos um evento de motonáutica para crianças com limitações.

Com a recuperação do Edifício Nau o puzzle marina fica completo. Que análise faz da gestão da obra?
Esta obra ficou abaixo dos valores estimados, ficando abaixo dos valores normalmente alcançados pelas obras públicas, apesar da complexidade do projecto. Foi uma obra muito bem gerida e controlada.
Tivemos duas fases. A primeira que era recuperar as embarcações deslocadas novamente na bacia e demonstrar que a marina funciona. A segunda fase, que durou 12 meses, foi lançar toda a envolvente. Temos um operador no terrapleno para fazer reparações, o posto de combustível vai ficar a funcionar até ao final do mês,  mais o Edifício Nau, o cais de eventos e o parque de estacionamento. A obra está, agora, completa na sua globalidade.

Falta agora a promoção.
Temos feito. Tivemos, este ano, 540 embarcações que nos visitaram, das quais 36 são estrangeiras. Não tenho dúvida de que vai ser uma fatia muito importante. Mais, ao fim de um ano estarmos com um ocupação de 42%o é muito bom para uma marina urbana como esta. É muito bom, mesmo. Estamos no bom caminho.  É curioso que aquilo que é referido pelos visitantes é a segurança que esta instalação tem. Como é uma zona fechada não tem agitação, correntes, enfim, dificuldades de manobrar, de atracar, etc.. Depois  temos uma largura de pontões única, o que dá um conforto a quem a utiliza. O afastamento entre os barcos e os fingers também é superior ao normal. Portanto temos uma marina de 1.ª classe, não só pela estrutura, mas por todo o conjunto técnico que a envolve.

E com preços competitivos?
O preçário que temos é exactamente igual ao das marinas concorrentes.

E para as lojas?
Atendendo ao local, não fizemos preços excessivos, pelo contrário. São preços bastante competitivos, tendo em conta a localização.

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