Loures e a gestão urbana

A Câmara Municipal de Loures assumiu, dia 1 de Maio, algumas das funções de Gestão Urbana do seu território, no PN. Fica a conversa com o vereador Ricardo Lima, responsável municipal pelo pelouro do Ambiente, da CML.

Como está a correr este assumir de funções?
Está a correr bem. De há um tempo para cá que nos estamos a preparar para assumir as responsabilidades sobre este território. Já tínhamos estudado, já conhecíamos o modelo ideal para se fazer a limpeza e manutenção das zonas verdes e, neste momento, está tudo a correr bem. Os moradores não devem ficar preocupados porque a qualidade que existe não só vai continuar a existir como, se possível,  conseguiremos melhorar. É essa a nossa intenção. Queremos, também, dinamizar esta zona com um conjunto de várias iniciativas relacionadas com esta questão fomentando uma nova ligação com toda a comunidade.
O Parque das Nações é, de facto, uma zona emblemática da área metropolitana de Lisboa e, por isso, iremos ter uma especial atenção face a essa realidade, melhorando a qualidade existente, nesta zona.

Vai haver alguma alteração do modelo de trabalho?
Não iremos copiar o modelo que tem vindo a ser seguido pela Parque Expo. Temos o nosso modelo de trabalho. Temos uma experiência nesta área muito superior à da PE. Acreditamos que, com a experiência que o município de Loures tem nesta matéria, temos capacidade de fazer um trabalho igual ao da PE e, em alguns aspectos, melhor do que estava a ser feito, apesar de não se poder dizer que a PE estivesse a fazer um mau trabalho. Vamos, também, ter uma equipa de sensibilização ambiental, no terreno, como costumamos fazer no resto do concelho.

O assumir de funções, por parte da autarquia, foi tão repentino que, por exemplo, a Associação de Moradores e Comerciantes do PN, AMCPN, que tão bem conhece esta zona, não foi consultada.
Estamos sempre disponíveis para falar com a Associação de Moradores. Este tipo de instituições são sempre importantes por causa do nível de proximidade que têm com a população que entendemos serem pilares fundamentais do desenvolvimento de uma zona. A questão é que recebemos um ofício da Parque Expo, de um momento para o outro, que dizia que, a partir do dia 1 de Maio, iriam passar para nós estas funções. Tendo em conta que a Parque Expo tem sido a responsável, até ao momento, pela ligação com esta comunidade, devia ter passado esta informação mais cedo. Essa é a nossa perspectiva. Todo este processo devia ter sido iniciado mais cedo. No que diz respeito à AMCPN estaremos sempre disponíveis para reunir com ela.
Outra questão é o facto de se querer passar a ideia de que, se não for criada uma freguesia única, as pessoas irão perder um conjunto de regalias, de benefícios, de possibilidades como o acesso às escolas locais, qualidade da manutenção urbana, etc.. Não é verdade. Pelo contrário. Já estamos no terreno e a realidade está à vista de todos. A partir de Julho, quando assumirmos, integralmente, toda a gestão urbana, as pessoas poderão constatar que não se perderá qualidade. Aquilo de que nos apercebemos, do contacto que temos, na rua, com as pessoas, é que existe um conjunto de preocupações, mas que não são reais. No que diz respeito às escolas, elas já estão actualmente em municípios diferentes e os moradores já as frequentam, na mesma. Um conjunto de inverdades que acabam por afastar as pessoas do poder político mais próximo. É uma imagem que, no meu ponto de vista, não é boa. Não se pode criar um “bicho” onde ele não existe. Estamos sempre disponíveis para colaborar, para ajudar e, acima de tudo, para prestar um serviço de qualidade e de excelência aos nossos munícipes. Não há nada como se comprovar no local. As pessoas vão ter a oportunidade, pela primeira vez, de comparar os serviços do Município de Loures com os serviços prestados pela Parque Expo. Vão poder avaliar.