Quando o primeiro Genesis veio para Portugal, confesso que as suas linhas não me atraíam e, com isso fazia-me não desejar o produto, nem querer saber mais sobre ele.
Como tudo na vida, a Terra dá mais umas voltas, os dias passam, os anos também e as marcas tendem cada vez mais a aprofundar a sua relação com o cliente, apresentando-lhes produtos “à medida”. E, neste caso, produtos à medida para Europeu.
Hoje o Genesis é um modelo desportivo, bem ciente das suas linhas, relembrando na sua agressividade dianteira alguns modelos, na traseira outros e, no cômputo geral damos por nós a admirar o produto final. Tanto que nos leva ao interior. E aqui, o patamar evolutivo da Hyundai não deixa de surpreender, pois voltamos a ter um produto bem desenhado, bem construído, com uma qualidade próxima da concorrência, com umas baquets muito boas e um volante a “cair” no sítio certo (pena é o travão de mão tão recuado).
Já nos bancos traseiros se estiver a pensar colocar dois adultos convém que tenham pouca altura pois tocam no vidro traseiro ou no teto, muito embora esses bancos sejam bons.
Sentados no banco da frente, facilmente acomodados com as ligações elétricas do banco, o IPOD ligado à tomada USB e será que vamos optar por ouvir os Genesis ou ouvir a música do Genesis? Opto pela 2ª opção!!
O “cantar” do motor de 2 litros e 201cv entusiasma, a suspensão algo fechada ajuda (embora com o cruise control ligado, basta um ressalto na estrada mais elevado para desligar o sistema), e tentamos colocar no chão os Cv. E, damos por nós a arrancar de lado e a ter de contrabrecar nalgumas curvas (ou não estivessem a cair as primeiras chuvas) e tivéssemos “lá atrás” 201 cv muito empolgados.
Torna-se por isso um modelo que cativa bastante com uma relação correta entre comportamento/eficácia/conforto, sendo que é demasiado difícil andar devagar. É possível, mas não é isso que o Genesis quer.
Por isso ele gosta de sair do ambiente urbano e respirar as autoestradas ou mesmo as estradas sinuosas, pois é aí que mostra o seu carácter.
Obviamente que com todos estes adjetivos, existe um senão – o ponteiro da gasolina – que desce ao ritmo mais ou menos pesado do nosso pé.
Por 42.000€ oferece muita emoção que outros também oferecem mas a valores bem mais altos.
