Fiat Freemont 2.0 Diesel 170CV

Há alguns anos tinha já ensaiado o Dodge Journey, modelo do qual derivou este Fiat Freemont, fruto da aquisição das marcas Chrysler, Dodge e Jeep pela marca italiana.

E a prova que alguns modelos podem ser melhorados face ao modelo inicial e que a FIAT tem o know-how necessário para o fazer, prova-se neste Freemont.

Olhando para  o equipamento e preço, percebe-se que a marca quer apostar em dotar este modelo de tudo o que o consumidor português necessita. Por 34.000€ , possui 7 lugares, alarme, ar  condicionado tri-zona (muito eficaz), assentos elevatórios para crianças, banco do condutor com regulação elétrica, sistema de áudio por painel tátil, cruise control (simples e intuitivo), ESP com Hill Holder (facilita em subidas os arranques sem o típico “ponto de embraiagem”) e sistema anticapotamento, sensores de pressão dos pneus e de estacionamento e chave inteligente.

Com este nível de equipamento cedo se percebe que a aposta da FIAT é não deixar nada ao acaso em termos de oferta ao consumidor, sendo que ainda adiciona a este enorme pacote, um sistema multimédia Alpine, para poderem visionar os filmes, algo que faz as delícias de miúdos e graúdos e permite viagens sem a típica questão “Pai, ainda falta muito para chegar?Estou cansado!”.

Interiormente e para quem já conhecia o Dodge, o Fiat foi totalmente alterado, para melhor. Os plásticos do tablier passam a ser moles, as laterais da porta idem, num misto de plásticos moles e apontamentos de pele, o volante, a exemplo do Honda Civic, não só possui um boa pega, com uma pele suave que, serve para que o primeiro contacto com o Freemont seja logo apelativo. A manete da caixa de 6 velocidades, cai no exato local onde devia, os espaços para objetos são muito variados, os bancos são confortáveis e a posição de condução é fácil de encontrar com o sistema elétrico dos bancos.

Para ligar o motor  e perceber o que temos entre mãos, resta clicar no botão start-stop e dar inicio ao ensaio. E aqui, face ao seu antecessor Dodge, as diferenças são ainda mais profundas. O comportamento melhorou imenso, a insonorização, a prestação e disponibilidade do motor, a precisão da caixa de velocidades e o conforto. Este é aliás uma das enormes diferenças. Em estradas menos conseguidas, o Freemont enfrenta-as com muito conforto. Onde, em nossa opinião a Fiat podia melhorar é no feeling da direção que, por ser tão filtrada e leve, não transmite corretamente a informação da estrada.

Dada a facilidade com que este motor se comporta em qualquer regime, torna-se difícil circular a 120km/hora em autoestrada, pelo menos para averiguar médias, que rondam, em plena carga, 7,3l/100km.

Em resumo, se este Fiat que tem preço, equipamento e qualidade, não figurar como um sucesso de vendas, não é por falta de qualidade. Para quem precisa de 7 lugares, deve de facto perder (ou será ganhar?) um pouco do seu tempo e comprovar que a marca Dodge quase não está presente neste Fiat  e que, merece posicionar-se  num lugar de destaque pela qualidade geral do produto.  Aliás nesta ótica que a Fiat adoptou com a compra de várias marcas, de reconversão dos modelos Dodge, Chrysler, fica a sugestão para  que crie o que em tempos fez com os monovolumes Lancia Phedra, Fiat Ulisses e derivar de um mesmo produto, três modelos para três marcas: Fiat, Lancia e Alfa. Merecia!.