Marcado que estava o ensaio do “Fiat 500 Abarth esseesse” (sim é esse o nome não é engano!), no dia definido mais crescia em mim o interesse em o ensaiar. Foi essa a razão, tal como uma criança, que fui um pouco mais cedo ao importador, para o poder apreciar…
Olhando para o Parque de imprensa do Importador, vi várias viaturas idênticas à que ia levantar. Mudava a cor: Preto, branco e vermelho. E qual seria a que me viria “parar às mãos”? Indiferente, pois todas elas realçam a beleza do 500. É fácil ficarmos cativados pela beleza original das suas linhas e pelas alterações que a Abarth lhe introduziu. Um motor turbo 1.4 com 135 C.v de origem que, nesta versão chegam aos 155cv.
Fica a dúvida. Vale a pena continuar a ser seduzido pela sua estética, ou passar ao contacto mais dinâmico? Tanto uma decisão como a outra fazem todo o sentido, ou não tivesse esta versão, 155Cv para explorar… A imagem do escorpião e com tudo o que ela comporta, desde a estética alterada, assim como os “condimentos” que esta incorpora – o motor, as suspensões e os travões – leva-nos a optar por sentar ao volante rapidamente.
E se o exterior seduz ao primeiro (e ao segundo…) olhar, o interior mantém a regra! O, já de si, cativante interior do 500, surge com o volante da Abarth, pedais em alumínio, tapetes exclusivos e uns bancos em pele, mais envolventes, ao bom estilo das bacquets. No lado esquerdo do painel de instrumentos surge um outro painel que serve para indicar a pressão do turbo. No meio, uma luz (SHIFT UP) que indica o momento de passar para a relação de caixa seguinte.
Sendo o nosso 500 de ensaio – de cor vermelha, xadrez no tejadilho, espelhos de cor branca, duas ponteiras de escape junto aos difusores de ar traseiros, jantes imponentes – rapidamente mais cabeças giram para o ver passar.
Basta ligar o motor e o ruído que o escape faz, relembra-nos que este não é um 500 qualquer. Ainda por cima, tem um detalhe (que faz ainda mais diferença) – o botão Sport.
O motor arranca. Inicialmente algo tímido mas depois mostra que os Cv estão lá e não se pense que por ser pequeno a estabilidade está em causa. Nada disso. Em estrada, atinge velocidades proibitivas. Em percursos sinuosos é de uma eficácia enorme e nunca fica a sensação de passarmos os limites. Além disso, temos lá a electrónica para nos ajudar!
Assim que accionamos o botão Sport, a direcção fica ainda mais directa e a resposta do acelerador garante uma resposta mais rápida.
O 500 Abarth contava ainda com o sistema TTC (Torque Transfer Control) que gere o binário mais adequado para paras as rodas dianteiras, travando aquela com pior aderência, fazendo as vezes de um autoblocante, o que permite as entradas (e saídas) em curva, de grande nível.
O conforto é razoável, considerando que estamos a conduzir a versão mais desportiva do 500. Os consumos são razoáveis, com médias de 7,3 l/100 km a 9 litros (em condução mais empenhada). O valor a pagar por esta versão encontra-se nos 24.000€.
Jorge Santos
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