Faces – Mulheres do Parque

A sua vida tem sido marcada por muitas experiências e “aventuras”. Concorda? Fale-nos um pouco de si.
Sim, claro! Muitas aventuras e experiências acumuladas… A verdade é que sempre fui aventureira, curiosa, determinada e muito enérgica! Tive uma grande dificuldade em escolher uma área específica durante o meu percurso académico porque, na verdade, gosto de fazer praticamente tudo! Por isso comecei por uma investida curta em psicologia, acabei por tirar Gestão Hoteleira na Escola de Turismo do Estoril, e mais tarde Design de Interiores na Fundação Ricardo Espírito Santo (ainda a terminar o mestrado). A Gestão Hoteleira permitiu-me trabalhar por algumas capitais europeias: Bruxelas, Paris, Londres. Após o nascimento do meu primeiro filho,  o “retorno às origens” prevaleceu e dediquei-me à actividade  mais importante de sempre: ser mãe! De forma a conseguir conciliar o facto de ser mãe, a tempo inteiro,  com a vida profissional, acabei por optar por um caminho de freelancer, na área de Design e Organização de Eventos. E a aventura continua…

Considera difícil manter uma atividade como freelancer ou sente-se confortável com essa situação?
É, por vezes, complicado, sobretudo em relação aos horários, já que tento trabalhar após os meus filhos já se encontrarem em sono profundo. Mas neste momento é a melhor forma de gestão de tempo. As novas formas de comunicação facilitam muito  os contactos que preciso manter. E o prazer pelo que faço é a melhor arma contra o cansaço acumulado!

O seu projeto  do supperclub  é muito interessante. Explique-nos o que é e como se  pode aplicar no Parque das Nações.
O conceito supperclub , em Portugal, ainda está pouco divulgado. Pode considerar-se um  “clube privado de degustação e convívio”. Ou seja, no nosso caso,  organizam-se grupos até 10 pessoas,   em que o objectivo é apreciar uma boa refeição e conviver. Pode acolher-se um grupo maior, mas nunca muito grande,  para proporcionar partilha de diálogos. Cada pessoa inscreve-se, individualmente ou  em pequenos grupos e pode partilhar um  ambiente descontraído e agradável. Quem não se conhece fica a conhecer-se,  pois o ambiente proporciona isso.
O nosso projecto Green Caterpillar Supperclub (greencaterpillarsupperclub.blogspot.com) surgiu há cerca de 1 ano,  num reencontro informal com um amigo de faculdade, Vitor Claro, que tem sido, com frequência,  o nosso chef.  Eu não conhecia o conceito e após uma rápida explicação achei que devíamos ter o nosso supperclub. E assim foi! No fundo pretendemos reunir um grupo de pessoas,  com interesses comuns, que gostam de bem comer e de conviver! Estes convívios já foram organizados aqui no Parque das Nações e o objectivo é continuar a reunir os clubistas nesta e em outras zonas da cidade!

Desloca-se quase sempre em bicicleta por Lisboa. Consegue fazê-lo facilmente?
Sim, a bicicleta talvez seja o meio de transporte que mais utilizo neste momento. O facto de trabalhar na zona do Parque das Nações e os meus filhos frequentarem a escola,  assim como outras   actividades, nesta zona,  facilita muito  esta utilização frequente. Mas, por vezes, tenho de me deslocar em trabalho para o centro da cidade e a bicicleta continua a ser a minha primeira opção. O que costumo fazer é telefonar  para  confirmar se posso deixar a bicicleta ‘ancorada’ no local, e, depois, é só colocar o capacete e aproveitar o percurso até lá. A cidade ganha, definitivamente, outros contornos!

O que lhe parece a vida no Parque das Nações?
Quando decidi vir morar para o Parque das Nações, o meu único receio é que não houvesse ‘vida de bairro’,  por ser uma zona tão recente e ainda desprovida de alma bairrista. No inicio,  até acabei por ter esse sentimento. Mas com o tempo tenho ficado, positivamente, surpreendida e contente porque estava errada.
Sem querer fazer publicidade, algumas lojas acabaram por facilitar os encontros entre os bairristas: o Pomar da Rosa, o supermercado para quem procura fruta e legumes, na maioria nacionais e de boa qualidade, onde podemos estar à espera de ser bem recebidos e atendidos prontamente.  Os Cabeçudos, a livraria perto da torre Vasco da Gama que com constantes eventos, direccionados para os mais pequenos e para as famílias em geral, proporciona momentos de divertimento e enriquecimento literal (tem livros fantásticos). O Clube Tejo, com aulas de ténis, futebol (entre outras) e programas de férias desportivas,  que tem permitido o maior convívio entre os pais. A Cineteka, onde podemos encontrar os melhores títulos da indústria cinematográfica (e não só…) acompanhados por um atendimento personalizado sem falhas. O Petit Cabanon, o café na zona sul do Parque das Nações, com um parque interior para os mais pequenos. Estes são alguns  “pontos de encontro”,  que acabam por ser responsáveis pelo desenvolvimento da confortável vida de bairro!

Tem algumas sugestões para o Parque das Nações?
As minhas sugestões vão no sentido de criar mais espaços/circuitos desportivos, pois temos muitos adeptos e praticantes do desporto ao ar livre.  Isso vai promover o bem-estar e hábitos de vida saudáveis.