FACES

Para além das actividades referidas, tenho como hobby  a realização de artigos sobre  ensaios de automóveis para o Clube Parque das Nações, pertença da AMCPN. Recentemente,  foi-me lançado o de-safio de publicar os mesmos ensaios neste jornal.

Neste novo espaço do Notícias do Parque –  “Motores sobre Rodas” – pretende-se dar a conhecer ao público, em geral, as novidades do comércio e indústria automóvel. Por norma, e tal como tem acontecido no Clube Parque das Nações, com uma boa  adesão de quase todos os importadores e concessões, também aqui todos os importadores são bem-vindos, assim como as concessões.
“Rodas” pretende ser um  espaço isento, com o intuito de dar a conhecer ao leitor os vários produtos que a indústria tem colocado no mercado, acessórios e outros, detalhando os pontos fortes e os pontos a melhorar. Desejamos  que esta rubrica seja  do vosso agrado e contamos com a vossa participação para o enriquecimento da mesma, com suges-tões ou pedidos de novos ensaios.
Fica desde já o desafio lançado.

O que gosta de fazer

Referir num parágrafo o que mais gosto de fazer torna-se um exercício interessante. Talvez o que mais goste de fazer é sentir-me útil e poder realizar algumas das várias actividades que me entusiasmam, como o ensino, a formação, a  gestão, o marketing e a informática, nunca esquecendo a minha grande paixão: os automóveis. Para conseguir realizar todas, é muito importante que cada uma esteja bem compartimentada, com um espaço temporal próprio, de forma a não interferir com o desempenho das restantes.

Não colocando em causa a vertente familiar, o pilar fundamental, são estas actividades que me dão força e tranquilidade para realizar todas as outras. No todo, estas complementam-se e permitem-me relaxar. Não gosto que a vida passe por mim e eu seja actor passivo.

Uma história

Diariamente, ouvimos, sentimos e somos confrontados com situações, histórias de vida, sentimentos vários. Talvez a situação que ultimamente mais me tocou foi ter arranjado telemóveis usados, para distribuir na Igreja junto de pessoas desfavorecidas. Aquilo que para muitos de nós não tem grande valor e confesso que até tive algum receio pois estava a oferecer um objecto usado, teve para mim um impacto enorme. O valor que lhes atribuíram, a felicidade estampada em tantos rostos, mostrou-me que nos esquecemos amiúde de dar valor ao essencial. De que serve termos as últimas novidades, sermos os melhores, vangloriarmo-nos sem razão aparente, e à mínima dificuldade queixarmo-nos? Talvez porque confundamos as prioridades, esqueçamos o supérfluo, confundamos o importante com o “ficar bem na fotografia”. Talvez porque algumas vezes, preferimos olhar, ainda que inconscientemente, para o lado, para não enfrentar, para não vermos as dificuldades que muitas pessoas ainda hoje enfrentam.

Cada dia que passa é mais um dia das nossas vidas que se completa. Devemos, por isso, gozá-lo na plenitude, aproveitar cada momento, sermos correctos com os outros, mas, acima de tudo, connosco mesmos. Quando deitamos a cabeça na almofada, devemos reflectir se fizemos o nosso melhor. Se conseguirmos isso, então é porque o nosso dia valeu a pena.

Como construiria uma cidade

A EXPO ou o Parque das Nações é talvez um dos melhores exemplos de que as cidades podem ser construídas sem prejuízo de uma vida em comunidade, de uma vida de bairro, onde todos se conhecem, onde todos usufruem de um espaço feito para eles, mas também com eles e por eles.

É certo que o Parque das Nações não foi feito de raiz, nasceu com o intuito de recriar um tipo cultural de cidade tradicional, estruturada, adaptada, que mistura a tradição dos nossos pais com a modernidade que hoje se impõe.

A sua edificação mostrou que ainda é possível esta vida em sociedade, numa cultura de bairro, muito embora o Parque das Nações tenha sido, erradamente e contra todas as expectativas, ainda criado com demasiadas viaturas “à vista”. Viver na Expo é, de facto, óptimo, pelo espaço, pelos moradores, pela cultura embutida, mas sobretudo porque demonstra que este é o caminho a seguir em muitos outros locais.

Poder passear sem horas, sem carros junto ao rio, usufruir de uma vista desafogada, numa “cidade” dentro da cidade de Lisboa, tão perto do centro, mas tão longe que nos permite respirar numa grande urbe. Mostra contrariamente ao que alguns velhos do Restelo ainda apregoam, que não somos uma comunidade fechada, elitista, mas sim uma população residente como qualquer outra que aceita tudo e todos, não porque seja obrigada a isso, mas porque o Parque das Nações é de todos nós, residentes ou não.

O lugar favorito
Qualquer local do Parque. Cada um tem uma simbologia própria que importa explorar e sentir.

O que desenhava
A regularização da circulação na rotunda da Portela na zona Norte, mais espaços verdes na zona Sul.

Um túnel que liberte a avenida D. João II de viaturas em toda a sua extensão.
W.C para cães, idênticos aos de outras cidades Europeias.
“Desenhava” uma maior diversidade de eventos junto ao Rio.

O que apagava
Estacionamento errático, volume de trânsito, sinalética não certificada, dejectos dos cães nos jardins e na via pública.