Esquadra expõe colecção de chapéus

Os exemplares expostos pertencem ao subchefe Mário Duarte, que os colecciona há mais de um ano.
“O primeiro chapéu foi-me oferecido por um conhecido nos Estados Unidos. A partir daí interessei-me mais por eles e comecei a adquiri-los. Ia arranjando-os aos poucos e a minha colecção foi aumentando”. Hoje, Mário Duarte possui mais de 100 chapéus de polícia e conta com modelos originários de todo o mundo. As aquisições são feitas maioritariamente através do popular site de leilões ‘eBay’ ou através de troca directa com outros coleccionadores.
Na estante colocada na recepção da esquadra, encontrava-se apenas uma amostra do pecúlio de Mário Duarte. “Não havia espaço para mais e também não convinha que os chapéus ficassem muito tempo expostos uma vez que ganham muito pó e atraem traças”, explicou-nos o agente. As dezenas de peças em exibição foram, assim, seleccionadas de acordo com um critério de heterogeneidade que permitisse expor exemplares de proveniências muito distintas. Entre eles, alguns destacavam-se logo à primeira vista: o modelo circular utilizado pela polícia francesa (a Gendarmerie Nationale); o chapéu russo feito especificamente para ser usado na época de Inverno, que se trata, basicamente, de uma ushanka (gorro típico da Rússia) a que se acrescenta o símbolo identificativo da polícia local; e o chapéu de uma patrulha norte-americana, de estilo cowboy, mas com um distintivo policial bem visível. No fim de contas, é interessante notar que, em muitos casos, os chapéus de polícia apresentam motivos identificativos da sua região, tornando possível associá-los imediatamente ao país de origem.
Visivelmente orgulhoso da sua colecção, o subchefe Mário Duarte não quis seleccionar um chapéu favorito – “é como pedir a um pai que escolha um dos filhos” – mas acabou por fazer alguns destaques: um chapéu do KGB, polícia secreta da ex-União Soviética; um chapéu pertencente à polícia de São Marino (pequeno enclave na península italiana) que apresenta precisamente o mesmo tom de azul que se encontra na bandeira do país; e ainda um chapéu da patente de general proveniente do Afeganistão, uma peça que só três pessoas em Portugal se podem gabar de possuir. “Mas os chapéus mais difíceis de arranjar são os africanos”, admitiu Mário Duarte.    
Se não teve oportunidade de apreciar esta mostra de chapéus de polícia na esquadra da PSP do Parque das Nações, poderá sempre aceder ao endereço http://community.webshots.com/user/marioruiduarte, onde os mais de 100 chapéus da colecção pessoal do subchefe Mário Duarte estão catalogados por zona continental.
Por fim, importa saber afinal quais são as principais características que um bom chapéu de polícia (detentor de um valor acima de tudo simbólico) deve cumprir? Para Mário Duarte são fundamentalmente duas: que sejam altos e… pouco usados.