Odores da ETAR

Caros condóminos

Por certo já se terão apercebido dos maus cheiros que, sendo provenientes da ETAR de Beirolas, afectam frequentemente a zona norte do Parque das Nações, a tal urbanização que era anunciada, pela Parque Expo, como a “Cidade Imaginada”.

Nos últimos tempos a situação tem-se agravado e estranhamente tal facto, atentatório da qualidade do ar que respiramos e das condições mínimas de higiene e salubridade exigíveis num qualquer agregado populacional europeu, não parece ser assunto de discussão e preocupação. Ressalve-se, como uma das poucas excepções, o artigo publicado no “Notícias do Parque” nº 63, de Fevereiro de 2012 (veja-se também https://noticiasdoparque.com/3511/mau-cheiro/#respond ).

Ainda que nessa edição do referido periódico se informasse em sub-título  que “A situação já se encontra controlada” e que a Simtejo “tem dedicado atenção total a esta matéria” a verdade é que a nossa qualidade de vida continua a ser fortemente penalizada pelos frequentes odores provenientes da ETAR localizada a menos de 2 centenas de metros da zona habitacional. Cumprirá o ar que respiramos as directivas comunitárias em termos de qualidade mínima? Estará a Saúde Pública em risco? O nosso silêncio quase pode ser interpretado como de aceitação desta triste realidade na tal “Cidade Imaginada”.

Tenho contactado frequentemente a Simtejo que me vai respondendo sublinhando a sua preocupação, mas o certo é que os anos vão passando e a situação não sofre alteração significativa, nem estará para sofrer. Atente-se num excerto da última resposta que recebi : “Depois de no início do ano a ETAR ter tido alguns problemas em controlar os odores, designadamente devido a perturbações no processo de digestão anaeróbia provocados pela necessária manutenção aos digestores, a situação encontrava-se normalizada. Não nos podemos esquecer que a ETAR tem parte da linha de tratamento sem desodorização (existe projeto para cobrir e desodorizar estas zonas mas a atual conjuntura do país impede a realização do investimento) pelo que em dia de vento norte intenso, alguns odores poderão ser detetados no exterior.” Elucidativa a resposta. Caberá perguntar é porque é que tal não foi feito em prol de uma zona que é habitada pelo menos desde 1998 e onde pagamos um dos mais caros abastecimentos de água do País (A Simtejo é uma empresa do Grupo Águas de Portugal).

O que lhes proponho é que a título individual contactem algumas das entidades abaixo discriminadas no sentido de mostrarmos o nosso descontentamento com a situação e forçarmos a resolução do problema.

Agradeço o envio de ideias que possam ajudar à resolução deste problema.

Grato pela atenção

João Mata

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