BMW 320D

Parque das Nações, 18:00horas, sexta-feira. Concessão Baviera. Espero no stand pela entrega da minha viatura de ensaio.
Enquanto aguardo,  e após cumpridos os formalismos habituais das viaturas cedidas para ensaios, encontro um espaço em azáfama, pela entrega das viaturas que vieram à oficina para revisões, reparações e que,  meticulosamente, são alinhadas no exterior para cada cliente.
E chega finalmente, o ”meu” cabrio 320D “vestido” de azul. Tiradas as medidas iniciais, cativou-me logo, nesse momento,  pela sua  beleza. Percebo naquele local  que vamos ter um final de ensaio “difícil” – na hora de devolver o carro.
Banco ajustado e vamos tirar a capota rígida, que o tempo convida a isso. Pelo menos é essa a minha convicção.
Sessão fotográfica no Parque das Nações e voltamos a verificar que a beleza deste carro é inquestionável “trajado, ou não, com a capota”. Mesmo com o vento do final de tarde, mantenho-me intransigente – capota em baixo.
O interior do BMW segue a bitola a que já nos habituou: torna-se um missão difícil encontrar falhas na qualidade de construção, materiais menos nobres, ou grandes pontos negativos.
Em Lisboa, deambulo na estrada. E com facilidade  percebo a qualidade do chassis, pois possui  uma robustez assinalável e uma rigidez estrutural a toda a prova, com ou sem capota.
Parabéns BMW!
No dia seguinte, atrasado como  estava, foi necessário puxar um pouco mais pelo BMW e facilmente podemos ter várias fotografias  da GNR numa auto-estrada. Percebe-se aqui mais uma vez o comportamento dinâmico elevado, os consumos reduzidos: 6,3 litros  aos 120, por vezes  140 km/hora. Preço: 54.800€ (unidade ensaiada: 69.000€)  
Em relação ao espaço interior, percebemos que não é assim tão desafogado em todos os bancos. Mas também não é relevante. Hora de entregar… e a difícil tarefa de o entregar!…
Por momentos acreditei que o BMW “queria ter ficado comigo”…  

RENAULT SCENIC 1.5 dCi 110cv

O importador RENAULT cedeu-nos para este ensaio a Scenic na sua versão de 1.5 dci com 110Cv. Esteticamente, e face à versão anterior, este modelo surge bastante mais apelativo e com uma qualidade de construção bastante superior. A acessibilidade a qualquer dos lugares faz-se sem dificuldades e o espaço interior é desafogado para cinco adultos.
O painel de instrumentos está todo ele revestido de plásticos moles e o modo como se apresenta a instrumentação possui algumas opções de visualização distintas: desde a mais clássica à mais arrojada. O volante continua a ter alguma inclinação horizontal, o que não favorece a postura mais correcta para determinadas estaturas. Os bancos são bastante confortáveis, mas necessitavam de mais apoio lateral. De salientar a inovadora consola central que desliza entre os bancos. Sentados ao volante e esquecendo a chave no bolso, basta-nos carregar no botão de arranque para ligar o motor e usufruir destes 110 cv que muita força demonstraram ao longo de todo o ensaio. Nota-se um “bom casamento” entre o nosso braço, o suporte para o braço e a alavanca da caixa de velocidades (rápida e precisa quanto baste).
Em estrada, sobressai o conforto dinâmico do modelo e a boa inserção em curva. O motor, esse encontra-se sempre presente em disponibilidade e com fôlego necessário para colocar a Scenic em velocidades fora da legalidade.
Se pensarmos que a marca possui versões mais potentes, com 150 CV, com maior cilindrada (e com preços de 42.000€), honestamente creio não valer a pena o dispêndio económico superior para mais uns km/hora ou por mais binário. Este é suficiente. Ainda por cima, o preço deste modelo situa-se nos 29.000€.
A capacidade da mala é de bom nível e apesar de não ser uma referência, possui cerca de 430 litros.
Em resumo, a Renault continua a bater-se com uma concorrência que tem surgido, num segmento inventado há muito por ela própria. O modelo é confortável, esteticamente apelativo, aloja com facilidade cinco passageiros e possui inúmeros espaços de arrumação. O conforto mantém-se “à francesa”, ou seja, confortável, não menosprezando o comportamento. Os equipamentos de segurança, como aliás em quase todos os modelos da marca, são similares: ESP, ABS, entre outros.
Possíveis concorrentes: Peugeot 5008, Ford CMax, Nissan Qasqhai, Citroen Grand C4 Picasso