Edição N.º58

O Casino Lisboa celebrou, dia 19 de Abril, o seu 5.º aniversário. Fica a conversa com Carlos Costa, director do Casino e morador do Parque. Balanço de actividade, comunidade, turismo, freguesia, foram alguns dos temas que estiveram sobre a mesa de uma das mais mediáticas portas de entrada do Parque das Nações.

Que balanço faz?
O Casino Lisboa comemora 5 anos de actividade neste mês de Abril. Parece que ainda foi ontem, mas entretanto já passaram cinco anos, intensos, árduos, mas que passaram num ápice. Para fazer um balanço, sou naturalmente suspeito, por razões óbvias, mas vou, ainda assim, ousar fazê-lo. É um balanço que, do ponto de vista da empresa concessionária (Estoril Sol), se afigura muito positivo – e penso que será igualmente positivo para a cidade de Lisboa, incluindo, naturalmente, o Parque das Nações.
No plano quantitativo, o Casino Lisboa é hoje o maior estabelecimento do sector do jogo a operar em Portugal, tendo ascendido à liderança do ranking dos casinos nacionais (actualmente Portugal dispõe de onze casinos), ao fim de apenas 2 anos. Não há aqui nada de extraordinário, está de acordo com as nossas previsões, beneficiando, naturalmente, da localização privilegiada (estamos na capital do país), mas a realidade é que bastaram apenas dois anos para ultrapassar, em receita de facturação, todos os demais casinos nacionais. Só no ano passado (2010), o Casino Lisboa facturou 91,9 milhões de euros (só de receita de jogo). Em cinco anos recebemos quase 10 milhões de visitantes, o que significa cerca de dois milhões por ano, ou seja, mais de cinco mil pessoas por dia, em média. As receitas de jogo acumuladas, em cinco anos, totalizam 450 milhões de euros, sendo os jogos de máquinas automáticas responsáveis por 82% daquela receita e os jogos bancados por 18% do total.

Isso gera uma verba bastante significativa, quando falamos em termos de impostos…
Os Casinos estão sujeitos a uma legislação especial – a Lei do Jogo – não pagam IRC, mas pagam uma taxa de imposto de jogo de 50% sobre a facturação (não é sobre o lucro). Como facturámos 450 milhões, em cinco anos, entregámos ao Estado 225 milhões de euros, a que acresce o valor da contrapartida inicial, que se pagou no início da concessão, para se ter direito à mesma (33,4 milhões), o que significa que o Casino Lisboa já entregou ao Estado, em apenas cinco anos, 258 milhões de euros.

Para onde vão essas verbas?
Não revertem directamente para o Ministério das Finanças, mas sim para o orçamento do Instituto Turismo de Portugal. São verbas consignadas à administração pública do turismo, para apoio ao investimento turístico e hoteleiro, promoção turística, formação turística, animação turística, em suma, tudo o que tenha a ver com áreas e projectos de interesse turístico na cidade de Lisboa. As contrapartidas iniciais são afectas em projectos específicos de interesse turístico, na cidade de Lisboa, onde se inclui, por exemplo, o novo Museu Nacional dos Coches, em construção, e muitos outros projectos que a Câmara de Lisboa tem vindo a aprovar e executar com recurso ao financiamento destas verbas.

Passados cinco anos o que é hoje o Casino Lisboa?
É o maior Casino a operar em Portugal e aquele que tem a maior oferta de jogo do País. Dispomos de um parque de máquinas com 1.100 slot machines e 30 mesas de jogo bancado, oferta de jogo que tem vindo a registar um crescimento gradual desde a abertura ao público, em 2006, perspectivando-se que continue a crescer. Note-se que, em cinco anos, entregámos 1.443 milhões de euros de prémios aos nossos clientes. O maior jackpot foi de 357 mil euros, atribuído há cerca de um ano atrás.

E no que diz respeito às outras actividades?
O Casino Lisboa é também um importante centro de atracção, lazer e entretenimento. Em cinco anos, passaram, pela nossa sala de espectáculos, 72 espectáculos diferentes, num total superior a 1.200 actuações, a que assistiram mais de meio milhão de espectadores, no Auditório dos Oceanos, o que dá uma média de 100 mil pessoas por ano. Tivemos a preocupação de programar uma oferta de espectáculos tão diversificada quanto possível, de forma a poder ir ao encontro dos diferentes targets de público: desde o teatro nacional, às produções internacionais, do canto à dança, grandes êxitos, como Stomp, Blue Man Group, The Voca People, Crazy Horse e Momix, já para não falar nas peças de teatro de comédia, protagonizadas pela dupla António Feio (infelizmente já não está entre nós) e José Pedro Gomes. A que acresce uma vastíssima oferta de animação, desde as bandas de música que diariamente actuam no palco multiusos do Casino, às centenas de actuações circenses, passando pelas várias edições dos Concertos Arena Live, complementados diariamente por Dj´s e Vj´s, integrados na rubrica Juke Box. E ainda mais de três dezenas de exposições na Galeria de Arte.
Este é, em síntese, um balanço quantitativo, que demonstra em números a realidade actual do Casino Lisboa.

E do ponto de vista qualitativo?
A cidade de Lisboa e o Parque das Nações, muito em particular, beneficiaram da criação de um centro de lazer e entretenimento, que acaba por ser um importante pólo de atracção de público para esta zona da cidade. Basta ter presente  aquilo que é hoje a realidade, por exemplo, da Alameda dos Oceanos, para perceber a quantidade de pequenos e médios estabelecimentos comerciais que foram abrindo, nos últimos 5 anos: lojas, restaurantes, bares, o mais variado comércio e serviços, que vieram dar uma vida nova a esta zona do Parque das Nações, que estava ainda um pouco adormecida. E, por isso, não obstante eu ser naturalmente suspeito, julgo poder afirmar sem qualquer dúvida que o balanço da presença do Casino Lisboa, no Parque das Nações, é amplamente positivo, sobre todos os pontos de vista.

E o relacionamento com a comunidade?
Cerca de meio ano antes da abertura oficial do casino, tivemos a preocupação de fazer uma espécie de tour pelas principais forças vivas do Parque das Nações, no sentido de apresentarmos quer o então ainda projecto do Casino Lisboa, quer a equipa dirigente, já que em breve passaríamos a ser vizinhos e com possibilidades de cooperação mútua. E isto, salvo melhor opinião, julgo que foi importante, já que permitiu encetar diálogo e, nalguns casos, cooperação com os principais interlocutores do Parque. Hoje, volvidos 5 anos, temos mecanismos e protocolos de colaboração com a FIL, com a Paróquia de N.S. Navegantes, com a Associação de Moradores e Comerciantes do Parque das Nações, com o Pavilhão Atlântico, com o Centro Comercial Vasco da Gama, com a hotelaria, com a PSP, com a Junta de Freguesia de Santa Maria dos Olivais, cooperação esta que se estende também a algumas empresas sedeadas no Parque, como são os casos dos CTT, da Novabase e da Sport TV. Eu diria, em suma, que o Casino Lisboa está, hoje, perfeitamente integrado no PN, mantendo um excelente relacionamento com os demais agentes económicos e sociais, que julgo ser recíproco.

Existe uma preocupação de estar que marca toda a diferença. Um trato, uma forma de estar muito cuidada, participativa e verdadeiramente cordial. Porquê?
Basicamente, por dois factores. Por um lado, porque há claramente uma orientação estratégica nesse sentido, que não lhe escondo. Estamos a operar numa área de negócio sensível, que tem um determinado histórico e que ainda está associada a um conjunto de ideias pré-concebidas e de preconceitos, que importa desmistificar. Nada melhor, portanto, que sermos pró-activos no relacionamento com os parceiros do PN, como já lhe referi. Um Casino não é um centro comercial nem um restaurante, é um estabelecimento cuja actividade principal se chama jogo, fenómeno intrinsecamente ligado à natureza humana, mas que está associado a um conjunto de ideias feitas, hoje, felizmente, já muito diferentes da realidade de há 20 anos, mas que, ainda assim, persistem no subconsciente de muita gente.
O segundo factor tem a ver com a nossa equipa de trabalho, responsável pela articulação do Casino Lisboa com as principais entidades públicas e privadas do PN. Devo desde já esclarecer que o mérito não é de todo meu, mas sim de uma fantástica equipa de colegas, constituída por duas assessoras da direcção, a Emília Santana e a Ana Catarina, e a responsável de relações públicas, Alexandra Fragoso. São três colegas que aliam o profissionalismo e a competência a uma enorme simpatia e saber estar, assegurando, assim, um excelente relacionamento com todos. Julgo que muito por força desta acção, foi possível, em cinco anos, construir a actual imagem do Casino Lisboa.

O relacionamento com a Igreja. Há 20 anos seria impensável, não?
Talvez, mas aqui o mérito é recíproco. A Igreja é um parceiro muito activo, dinâmico e fundamental no PN. O excelente relacionamento que temos com a Paróquia deve-se muito ao facto de termos tido como interlocutor o Sr. Padre Paulo Franco, alguém permanentemente disponível, receptivo e colaborante. E, quando assim é, quando dois parceiros remam para o mesmo lado, o barco chega mais rapidamente ao porto de destino.

Fale-nos um pouco sobre si. Turismo, Casino. Foi um caminho escolhido por si ou que o escolheu a si?
Foi um pouco das duas coisas. Fazendo uma síntese, sou licenciado e com mestrado em economia, sendo essa a minha formação de base. Sou professor do ensino superior, pertencente aos quadros da Escola Superior de Turismo e de Hotelaria do Estoril. Essa é a minha “casa” de origem, onde aliei a economia ao turismo, como objectos de estudo, leccionação e investigação.
Em 1997 fui convidado pelo Secretário de Estado do Turismo para chefe de gabinete, onde estive três anos, numa experiência verdadeiramente enriquecedora. Depois disso, em 2000, estive um ano como chefe de gabinete do, então, Ministro das Finanças. Foram passagens pelos corredores do poder, muito interessantes no sentido em que me deram uma perspectiva mais global da “coisa” pública. Depois disso estive, em 2001-2002, na administração do então ICEP, hoje AICEP, com o pelouro da promoção turística. Com a mudança de Governo, apresentei a minha demissão e voltei à escola (ESHTE), para leccionar e iniciar o doutoramento em “Turismo e Jogo”. Em paralelo, fui publicando artigos técnicos e de opinião na imprensa, produzindo alguns “papers” e várias intervenções em congressos e seminários, na área do turismo.
Em 2004, o Dr. Mário Assis Ferreira, Presidente da Estoril Sol, lançou-me o desafio para vir desempenhar o cargo que hoje ocupo. Comecei a trabalhar na empresa em Maio 2005 e em Abril 2006 inaugurámos o Casino Lisboa.

O turismo é o seu grande objecto de estudo?
O turismo, enquanto objecto de estudo, é uma ciência relativamente recente, mas é sobretudo uma actividade económica da maior importância. Estamos a falar do maior exportador nacional, embora a maioria das pessoas não tenha noção desta realidade. Até porque nem sempre é fácil perceber como é que o turismo pode ser uma actividade exportadora, já que não se trata da venda de produtos físicos /mercadorias, mas sim de serviços, necessariamente imateriais. E o turismo é uma actividade prestadora de serviços, sejam eles o alojamento, as viagens, a animação ou a restauração. Em bom rigor, o turismo é a mais importante actividade exportadora, sendo responsável por cerca de 15% do total das exportações nacionais. Ora, no actual contexto económico, em que toda a gente fala em “exportar, exportar, exportar”, julgo que deveríamos apostar mais no turismo, embora, infelizmente, nem sempre exista essa percepção ou visão.

O que é preciso para se alterar isso?
Na esfera política, será necessária uma maior consciência por parte dos decisores para assumirem o Turismo como actividade de importância estratégica para a economia nacional. Mas também será imperioso operar uma qualificação do turismo, quer da oferta turística, quer dos seus recursos humanos. Ou seja, conferir mais qualidade ao serviço que prestamos no turismo, apostando fortemente na qualificação dos recursos humanos. Portugal tem unidades hoteleiras de excelência, resorts turísticos de nível superior, mas nem sempre dispomos de qualidade total. A qualidade do turismo tem de ser global e não apenas parcial. Não é só no hotel, mas, também, nas estradas que nos levam a ele, no lixo que está ou não na rua, na poluição sonora, nos guindastes das obras, na sinalética ou falta dela. A qualidade do turismo passa por qualificar tudo, incluindo os recursos humanos, como já referi.

Assumir a tipicidade portuguesa, também, certo?
Em Turismo, tudo é importante. Não acompanho quem defende que Portugal só deve ter um turismo de qualidade, de luxo. Temos que ser realistas e ter oferta para todos os segmentos de procura, desde o hotel de 5 estrelas ao parque de campismo. Mas eu diria que na época actual, em que os aeroportos são todos iguais e em que os hotéis das cadeias internacionais tendem a ser todos iguais, independentemente da localização geográfica, o que nos pode valer é o factor “diferenciação”. Temos de ser diferentes, genuínos, autênticos e com qualidade. É isso que o turista internacional vem procurar: emoções e experiências diferentes, que só existam em Portugal.

A nossa principal riqueza, o nosso diamante bruto, qual é?
A nossa principal riqueza turística é o produto sol e mar. Ou, se preferir, sol e praia. Não tenho dúvida alguma, embora isto contrarie a tese dominante. O problema é que o nosso “diamante” tem sido muito maltratado. As pessoas acham que o produto sol e mar está ultrapassado, que já perdeu vitalidade e que o que interessa é o turismo verde, o turismo ecológico, o turismo de natureza, o turismo em espaço rural, etc.. Todos estes produtos são importantes para organizar a oferta turística, mas a base do turismo em Portugal e, em bom rigor, o produto que que ainda nos diferencia dos demais, é o sol e mar. É essa, em bom rigor, a razão de ser da vinda de milhões de turistas a Portugal, todos os anos. Conhece algum turista que venha passar férias a Portugal, motivado por um monumento ou determinada oferta cultural? Não. O que o turista faz, normalmente, é, depois de já estar em Portugal, ir visitar os principais monumentos e equipamentos culturais, que integram a oferta turística organizada. Ao contrário do que acontece, por exemplo, em Paris, onde somos capazes de ir motivados pela visita a monumentos, ou a Londres, ou a Roma, etc.. Depois de já estarem em Portugal, os turistas acabam inevitavelmente por ir visitar alguns monumentos, mas o que de facto motiva a vinda a Portugal é o nosso clima e as nossas praias, complementados pelo golfe e pelo MICE (Congressos e Incentivos). Este é o nosso verdadeiro diamante, embora nem sempre bem tratado. Há ainda um out
ro factor que nos diferencia dos restantes países: num curto espaço de território, em apenas 800 km de extensão, Portugal dispõe de quase todas as tipologias de paisagens e de produtos turísticos. Com efeito, em apenas uma ou duas horas de viagem, é possível ao turista ver mar e serra, planície e socalcos. É esta “diferença concentrada” do Portugal turístico que provavelmente não existirá em muitos mais países nossos concorrentes. E talvez merecesse um up-grade promocional.

Será que há uma falta de coordenação?
Não lhe chamaria falta de coordenação. O Turismo de Portugal é um organismo forte. O que eu penso que não tem acontecido ao longo destes últimos anos é um fio condutor ou uma linha de coerência estratégica. A promoção internacional de Portugal tem mudado de estratégia e de slogans publicitários com demasiada volatilidade.

E acabam por se diluir e desaparecer.
Exactamente. Regra geral, de dois em dois anos, faz-se um concurso público, as grandes agências apresentam as suas propostas, há uma que é escolhida (normalmente, diferente das anteriores) e depois surgem métodos, slogans, assinaturas e imagens diferentes.

Há uma falha, também, o mercado paralelo gigante. Como podemos incentivar as pessoas a quererem integrar o turismo de uma forma legalizada?
É uma questão que está em cima da mesa, sobretudo no Algarve, há mais de 20 anos. Como é que se consegue integrar na oferta de alojamento, as cerca de 200 mil camas, ditas “paralelas”, que não estão legalizadas, não cumprem os requisitos legais e não pagam impostos? A resposta a este problema passa necessariamente pela introdução de mecanismos mais flexíveis na legislação que regula os empreendimentos turísticos. Dito doutro modo, a actual legislação terá de ser menos rígida, porque se essa oferta existe é porque há procura, portanto tem que haver um esforço, por parte de quem legisla, no sentido de adaptar a legislação à realidade da oferta.

É residente no Parque desde quando?
Desde 2000.

Vive o Parque de que forma?
A oferta de lazer no Parque é tão grande que acabo por dedicar a este espaço parte dos meus momentos de descanso. Ainda hoje de manhã fui andar de bicicleta, percorrendo toda a linha de rio desde o Rio Trancão à Marina do Parque das Nações. O PN dispõe de excelentes argumentos para quem cá vive e não só. Para exteriorizar este estado de espírito, atrevo-me a citar uma expressão da autoria do Dr. Mega Ferreira: “o Parque das Nações é provavelmente o melhor resort urbano do país”. Trabalhar e residir no maior e melhor resort urbano de Portugal, acaba por ser um privilégio.

Uma questão mais política. A freguesia do Oriente. É uma pessoa bem informada, que opinião tem sobre este assunto?
Bem, estamos agora a falar com o cidadão Carlos Costa e não com o director-geral do Casino Lisboa. O cidadão já teve oportunidade de, em resposta a um repto público do Presidente da Associação de Moradores do PN, Dr. José Moreno, contribuir para o debate público à volta desta matéria, escrevendo um texto sobre este assunto. A minha posição resume-se em dois pontos: por um lado, a questão macro. Faço um elogio à coragem política de quem está a promover a reorganização administrativa da cidade de Lisboa – e aqui o mérito é do actual executivo camarário, em particular do Dr. António Costa, que teve a iniciativa de o fazer. Ele soube criar condições para levar avante esta proposta. Quero acreditar que esta reforma, a concretizar-se, vai ter um efeito indutor no próprio país, já que não é só a cidade de Lisboa que necessita de uma reforma deste género, mas sim todo o país. Por outro lado, a questão micro. Enquanto cidadão residente no PN, não posso deixar de me associar a todos aqueles que lamentam, criticam e reivindicam a criação de uma freguesia una. Porque, de facto, existe aqui uma identidade territorial a respeitar. Se ela não existisse… mas existe. Existe uma identidade física, geográfica e até histórica. O PN foi criado como um todo, um espaço uno. Não faz, por isso, qualquer sentido retalhar administrativamente o PN. Será necessário haver vontade política e um entendimento entre as duas Câmaras Municipais envolvidas. Mas não confundo a árvore com a floresta: lamentando a solução proposta para o PN, não posso deixar de registar e elogiar a proposta de reorganização macro, que é da maior importância.

(Balanço dos 5 anos de actividade em www.noticiasdoparque.com)

BALANÇO 5 ANOS

Em 5 anos de actividade, o Casino Lisboa –  inaugurado em 19 de Abril de 2006 -,  gerou receitas brutas de jogo que ascenderam a 450 milhões de euros, tendo sido 368 milhões de euros de jogos de máquinas (82%) e 82 milhões de euros de jogos bancados (18%).

Deste montante global , o Casino Lisboa gerou, no mesmo período, um total de 258,4 milhões de euros de receitas fiscais, arrecadadas pelo Estado / Turismo de Portugal, sendo:

225 milhões de euros, a título de contrapartidas anuais;

33,4 milhões de euros, a titulo de contrapartida inicial.

Nos termos da Lei do Jogo e do contrato de concessão em vigor, 50% das receitas brutas dos jogos revertem a favor do Estado. Recorde-se que os montantes resultantes destas contrapartidas anuais são direccionados, conforme o legalmente disposto, à realização de acções de formação turística, a subsidiar obras de interesse turístico no município de Lisboa, bem como acções de promoção turística do destino Lisboa.

Importa também salientar que a contrapartida inicial prevê a aplicação das verbas em equipamento cultural no Parque Mayer, a recuperação do Pavilhão Carlos Lopes e um museu nacional, a criar pelo Governo no Município de Lisboa (novo Museu dos Coches).

Entradas de Visitantes

O Casino Lisboa recebeu 9,3 milhões de visitantes, ao longo de 5 anos de actividade, quase 2 milhões / ano, correspondente a uma média diária superior a 5.000 entradas.

Depois de ter festejado e premiado o “visitante 1 milhão”, em Outubro 2006, e o “visitante 5 milhões”, no final de 2008, é chegada a vez do “visitante 10 milhões”, aguardando-se a sua entrada no Casino Lisboa durante o 2.º semestre de 2011.

Tendo como fonte de informação a ATL – Associação de Turismo de Lisboa, o Casino Lisboa encontra-se em 11.º lugar no ranking dos equipamentos turísticos mais visitados na área da Grande Lisboa, entre centenas de museus, castelos, palácios, mosteiros e diversos equipamentos.

 

 

Receitas de Jogo

Bastaram apenas dois anos, após a abertura ao público,  para que o Casino Lisboa lograsse alcançar a liderança do sector, em Portugal, ultrapassando todos os demais casinos nacionais, em termos de receitas de jogo, tanto de máquinas automáticas como de jogos bancados.

 

A título de exemplo, no ano de 2010 o Casino Lisboa liderou o ranking dos casinos nacionais, com uma receita de jogo acumulada de 91,9 milhões de euros, equivalente a uma quota de mercado de 26,7%