Que futuro?

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Quase doze anos após a Expo 98 é legítimo questionarmo-nos qual será o futuro do Parque das Nações. A Zona de Intervenção está praticamente consolidada, estamos a chegar à ocupação máxima em número de habitantes e de pessoas que todos os dias aqui trabalham no comércio e serviços.

Como em tudo na vida é importante reflectir sobre o futuro, tem de haver uma constante renovação e um saudável estado de espírito para pôr tudo em causa e melhorar.

O Parque das Nações é invariavelmente conotado como uma Cidade do Futuro. Aproveitando essa qualificação podemos, com imaginação, repensar a Cidade a nível de sustentabilidade. A aposta poderá e deverá ser feita tirando partido das muitas ideias que fervilham como a iluminação pública ser alimentada por painéis solares ou por energia eólica de pequeno porte, usar águas recicladas na água da rega ou na utilização exclusiva de carros de serviço eléctricos para uma responsabilidade social dentro do Parque das Nações. É possível potenciar as zonas verdes existentes e deve ser implementada e incentivada a utilização da bicicleta como meio de transporte.

Conforme António Câmara (um dos fundadores da Ydreams) refere, os espaços públicos do futuro têm como elementos essenciais a comunicação e a sustentabilidade e devem ser estimulantes e criativos.
Nas Conferências “Visões sobre o futuro” António Câmara deixou algumas ideias para os espaços públicos como as praças e jardins; máquinas de exercício ao ar livre e campos de jogos (estes últimos já existem no Parque das Nações).
Outro desafio que António Câmara lança é a utilização dos estuários. No caso do Parque das Nações temos uma situação privilegiada com um estuário de 14 km à nossa frente. Pode-se utilizar esse estuário para testar novas formas de energia, projecções de larga dimensão e eventos artísticos que contribuam para dar uma nova vida ao plano de água.

Também a nível de reciclagem o Parque das Nações é um caso paradigmático com a implementação, em todos os edifícios, de recolha centralizada tanto para os resíduos orgânicos como para os recicláveis.
A este nível existe ainda uma falta de informação da população, julgo que para que a reciclagem seja efectiva, a Centralsug deveria fazer uma campanha de sensibilização no sentido de tornar a reciclagem 100% eficaz.
O QUE ESTÁ DISPOSTO A FAZER?

A riqueza humana no Parque das Nações é enorme tanto pelas empresas aqui sedeadas de grande qualidade, com quadros técnicos de enorme valor, como também pelos habitantes com graus académicos e com um nível de sentimento de coesão e sentido afectivo ao local, fortíssimo.

A proximidade entre a população e a Gestão Urbana deverá ser explorada e fomentada. É impreterível aproveitar a forte identificação das pessoas com o Parque das Nações, sabendo que a grande maioria dos residentes e utilizadores não trocaria esta zona por outra.
Deverão ser criados grupos de pressão para a defesa do Parque das Nações. Esta defesa passa pelo trânsito, pelo estacionamento, pela criação de uma Freguesia, pelo espaço exemplar orgulhosamente protegido, pela manutenção e limpeza ou pelo funcionamento da Climaespaço e Centralsug.

Para aproveitar a riqueza humana de quem reside ou trabalha neste espaço, deixo aqui um desafio aos leitores do “Notícias do Parque” no sentido de responderem a algumas perguntas sobre o Parque das Nações.

O que gostaria de melhorar?

Quais as suas preocupações?

O que sente quando pensa “Parque das Nações”?

Como poderá participar?

O que está disposto/a a fazer?

O que desejava que acontecesse?

O que desejava que não acontecesse?

Envie as respostas para [email protected]

 

SAÍDOS DA CASCA

Uma nova Creche vai abrir as suas portas em Setembro de 2010, no Parque das Nações. Situa-se na Parcela 6.10 mesmo ao lado do Colégio Oriente e o objectivo é fechar o ciclo e poder oferecer mais este nível de ensino. A empresa responsável deste equipamento é a River Parque.

Com este projecto, a Conceito Arquitectos pretendeu transmitir uma imagem sóbria, através de elementos compositivos modulares nas fachadas e uma linguagem muito horizontal enfatizada por linhas de construção ao longo dos 55m do edifício de um só piso.
As fachadas Sul, Nascente e Norte são cobertas por elementos pré-fabricados a toda a altura limitados por um elemento em betão (pala e embasamento), elemento esse que se mostra na fachada a Poente, virada para a rotunda.

A exploração será feita pela empresa “Saídos da Casca” com provas dadas na sua 1ª unidade em Telheiras.
A Creche terá uma ocupação máxima de 124 crianças divididas em três áreas:
Dos 3 aos 12 meses (ou aquisição de marcha) – Esta faixa etária está dividida em três turmas. Cada turma tem uma sala de Parque e uma sala de Berços e terá 8 alunos por turma.
Dos 12 aos 24 meses –  As crianças com esta idade serão um total de 40, divididas por quatro salas.
Dos 24 aos 36 meses  -Para estas crianças haverá quatro salas com 15 alunos em cada sala.
A obra está a avançar a bom ritmo e dentro dos prazos. A construção está a cargo da empresa Casais.