Sul – Edição 57

NOVA ESCOLA PARQUE DAS NAÇÕES

Dia da abertura da Escola Parque das Nações
No dia 3 de Janeiro abriu a tão desejada Escola Parque das Nações!
Foi com alegria que vi as crianças, incluindo os meus filhos gémeos, poderem entrar nesta escola,  um espaço muito  agradável em que depositámos tantas expectativas.  
As salas são amplas, com muita luz, um espaço bonito, mas com sobriedade. Os gémeos estão a gostar muito. A minha filha Beatriz já me disse várias vezes: -“ Não é preciso  ter férias. Ou então que sejam  pequeninas”.  E quando é domingo diz com alegria:  “Que bom, amanhã é segunda-feira, é dia de escola”.
É claro que isso deixa os pais contentes por saberem que os seus filhos estão felizes.
Apercebi-me também que houve bastante trabalho de “bastidores” para que se conseguisse cumprir este objectivo. Por isso, envio a minha mensagem de agradecimento a TODOS! mesmo a TODOS!  os  que estiveram envolvidos neste projecto e que fizeram esta Escola ir para a frente: Muito obrigada! Muitos Parabéns!…
Apesar desta vitória, o passo seguinte  é, igualmente, muito importante. Refere-se à construção da 2ª fase. Fomos  informados inicialmente, que a abertura do 2.º e 3.º ciclos estava prevista para o ano lectivo de 2011/2012, e seria tida em consideração pela DRELVT na programação da rede escolar que é feita todos os anos. Contactei a DRELVT e até esta data não nos deram alguma informação.
Resta-nos alguma esperança pois foi-nos dito  que esta escola abria em 3 de Janeiro e cumpriu-se. Por isso, vamos pensar que a construção da 2ª fase irá ocorrer em breve e apelo à boa vontade dos Dirigentes para que isso possa acontecer.

COMO ESTAMOS DE NEGÓCIOS?

É com algum “aperto no coração” que vejo certos  negócios/lojas, aqui da Zona Sul, abrirem e fecharem…
Tenho dado por mim a reflectir e, sinceramente, custa-me que este “abre” e “fecha”  aconteça pois ponho-me no lugar dos empresários, que um dia tiveram o seu “sonho” e necessitaram  de  o terminar…
Fiz uma pequena retrospectiva dos 6 anos que cá resido  e verifiquei alguns exemplos:
Os  negócios que se mantêm a funcionar  são:  alguns  cafés e restaurantes, centros de estética e  saúde, clínicas, cabeleireiros, lojas de artigos decorativos (poucas), 2 lojas de informática, lavandarias.
Algumas  lojas que não se mantiveram abertas  foram, por exemplo:  uma papelaria, a que se seguiu uma loja de artigos para criança (canetas, mochilas,…), uma  loja de artesanato, alguns restaurantes e cafés, entre outras.
O que  pode não ter resultado no passado, pode resultar no presente. Por exemplo, um restaurante na Zona Norte mudou  de gerência 3 vezes.  Actualmente,  está a ser bem sucedido. Por isso um outro  aspecto   que pode influenciar tem a ver com as  características do empresário e da equipa. Muitas vezes é necessário colocar alma e coragem no  negócio.
Para evitar ver mais lojas a fechar gostaria de reflectir o seguinte:  
Antes de iniciar o negócio,  os empresários devem  fazer uma análise a vários factores.

Uma análise externa
Conhecer os factores económicos do país, os aspectos legais, os factores ecológicos/ambientais, a tecnologia existente. Tudo isto, de forma a detectar oportunidades ou ameaças para o negócio.
Conhecer também os  clientes,  os concorrentes, o sector e a comunidade onde se vai inserir.

Uma análise interna
Reconhecer a sua vocação e competências pessoais, os requisitos de  capital para o negócio, o número de  funcionários, a localização.  A escolha do local é um factor muito importante para o sucesso. Por isso, ponha-se no lugar do cliente. Veja se iria a esse local. Em que circunstâncias? Qual a comodidade até lá chegar ? E no interior, que aspecto apresenta? A comunidade circundante aceita o seu negócio? Os vizinhos?
Outro aspecto tem a ver com o produto/serviço que pretende comercializar. A população desta zona interessa-se por este produto/serviço? Ou pode dirigir-se a outro local, e adquirir por um preço mais reduzido?
A população do Parque das Nações tem bom poder de compra, mas também é sensível aos custos. Por isso, analise bem o preço que pretende praticar, de acordo com as características do seu produto e do tipo de cliente que pretende atingir.

Divulgação do negócio – Umas das formas muito poderosas de divulgar um produto/serviço é o boca-a-boca. Se os clientes ficam satisfeitos irão divulgar junto da sua rede de contactos.
Há  outras formas que são muito eficazes. Por exemplo, entregar pessoalmente uma brochura do negócio, (nas caixas de correio também, apesar de estar muito difundido), nas redes sociais,  site e internet, anúncios no Jornal Notícias do Parque, parceria com a AMCPN – Associação de Moradores e Comerciantes do Parque das Nações. São alguns exemplos. Mas o importante é divulgar!

COMO FAZER?
– Contratando uma empresa que lhe faça este trabalho.
– Fazer o  próprio. Se decidir assim, venha   para esta zona e observe.  Veja quantas pessoas passam na rua, fale com elas ou faça-lhes um inquérito… o que  é que precisam? Quanto estão dispostas a pagar pelo produto/serviço que quer vender? Quais são os produtos concorrentes? Como é que pode ser cómodo para os clientes adquirirem o produto? Como é que vai divulgar o seu produto/serviço?
– Por fim, fazer a parte financeira e verificar  quais as receitas-custos previstos.
Se pretenderem informações mais detalhadas sobre como fazer um plano de marketing ou um plano de negócios, podem enviar-me um mail que vos reenvio um guião sintetizado.

IDEIAS CHAVE
Assisti a uma  conferência sobre empreendedorismo e o  orador referiu 6 questões  chave antes de abrir um negócio (que me desculpe o Orador por não recordar o seu nome) :

– Quem são os clientes?
– Que novos benefícios trazemos?
– Como entregamos/vendemos o produto ou serviço?
– Podemos fazê-lo?
– Os clientes querem-no?
– Conseguimos “fazer dinheiro”?

POPULAÇÃO DO PARQUE DAS NAÇÕES
Segundo um estudo de mercado efectuado, eis algumas características da  população  residente no Parque das Nações*:
(A percentagem  seguinte refere-se à amostra: 202 inquiridos)

– Habilitações literárias médias e superiores (70%)
– Quadros médios e superiores (67%)
– 42 – Idade média  (52% com idades até aos 39 anos)
– Casados ou união de facto (74%)
– Maioritariamente casais com filhos (57%)
Residem em casa própria (95%)
Características dos trabalhadores do  Parque das Nações*:
– Habilitações literárias médias e superiores (41%) logo seguida do  12º ao 7º  ano com 34%  
– Profissão – administrativos (44%), Quadros médios e superiores (33%)
– Idade média 35 anos (até aos 39 anos correspondem a  72%)
– Aproximadamente metade dos inquiridos residem em zonas próximas do Parque das Nações.
Características dos visitantes  do  Parque das Nações*:
– São jovens (37 anos de idade média e 40% com idades até aos 29 anos)
– Ensino secundário / superior (35% concluíram o ensino médio/superior e 32% o ensino secundário).

Para concluir, gostaria de enviar a minha palavra de muito apreço  a todos os que arriscaram e acabaram por concretizar os seus negócios.
A quem não continuou,  quero louvar o mérito em ter arriscado. Há muitos empresários de sucesso a quem os seus primeiros negócios não foram bem sucedidos.
A quem continuou: Óptimo! Mas, se me permitem a sugestão,  é importante  observar sempre o  que os clientes querem, a concorrência e o que se pode melhorar!

Rita Vitorino de Carvalho
[email protected]
www.ritavitorinodecarvalho.com

*Fonte: Dados fornecidos por cortesia da Parque EXPO – Gestão Urbana do Parque das Nações.   Euroexpansão,  “Estudo de Opinião realizado para a Parque EXPO – Gestão Urbana do Parque das Nações,  à população residente, trabalhadora e visitante do Parque das Nações”, Setembro de 2009.