Madalena Ribeiro

A ligação de Portugal ao golfe reflecte-se sobretudo ao nível do turismo. As condições excepcionais que o nosso país oferece para a prática da modalidade fizeram com que Portugal se tornasse um dos destinos preferenciais para os amantes deste desporto. Mas não é só de excelentes campos que se faz o golfe no nosso país. Existem bons valores portugueses a praticar esta modalidade, e Madalena Ribeiro, 13 anos, é um deles.

Moradora no Parque das Nações desde 1999, Madalena é hoje bi-campeã nacional de sub-14, mas quando começou as suas intenções eram bem mais modestas. “Nem sequer tinha muito interesse no golfe, quis jogar só mesmo para experimentar. Mas gostei e comecei a ter aulas, a treinar cada vez mais e a participar em torneios.”

Hoje, a jovem golfista treina duas a três vezes por semana no Paço do Lumiar, o que, se juntarmos aos torneios nacionais e internacionais em que participa, implica um esforço extra para acompanhar a matéria do 8.º ano. “Consigo conciliar a escola com o golfe, mas não é fácil”, reconhece Madalena Ribeiro que, para o efeito, conta sempre com o apoio incondicional da família. “Além de todo o investimento feito ao nível de equipamento desportivo, tentamos ajudá-la sobretudo a organizar o tempo. Há alturas em que falta semanas inteiras à escola e, para compensar o tempo perdido, necessita de um certo apoio e atenção. Mas com a força de vontade que ela tem, tudo se torna mais fácil”, conta a mãe que, até agora, não tem tido razões de queixa quanto ao aproveitamento escolar de Madalena, que considera ser “uma óptima aluna”.

Para lá dos campos nacionais, o golfe já levou Madalena Ribeiro a três países: Holanda, Espanha e Escócia. Foi em terras escocesas que a golfista portuguesa mais gostou de jogar. Afinal foi lá que o golfe nasceu e onde existem os melhores campos do mundo.

Quando comparado com os países britânicos, o golfe não será em Portugal um desporto particularmente popular entre os mais jovens. Para Madalena não é fácil convencer os amigos a aderirem à modalidade: “É difícil porque muitos dizem que é um desporto para velhos, mas eu acho que é divertido e uma forma de estarmos concentrados”.

Por agora, a concentração de Madalena Ribeiro vira-se para o seu handicap, que pretende reduzir dos actuais 9,5 para 4 ou 5 até ao final do ano. De resto, os objectivos competitivos mais próximos centram-se na revalidação do título nacional e na participação em novos torneios internacionais. Já as metas a longo-prazo são por esta altura inexistentes, isto porque Madalena não faz tenções de seguir uma carreira profissional no golfe. “Mas vou continuar sempre a jogar”, garante.

Por: Bernardo Mata