Crónica do Parque

[vc_row type=”full_width_background” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ width=”1/1″][divider line_type=”No Line” custom_height=”50″][vc_column_text]autores_josebaltazar_round_100x100

No mês de janeiro, a Reunião Pública Descentralizada regressou à escola Vasco da Gama, o local onde a CML estreou esta louvável iniciativa dedicada ao exercício da cidadania. Alguns residentes, previamente inscritos, tiveram a possibilidade de intervir e alertar para questões pertinentes do âmbito local, perante os membros do executivo municipal. Estes, quando não apresentam solução ou desconhecem o assunto, esclarecem dúvidas e registam as sugestões dos cidadãos. Foram versados temas como a necessária sede para o refood; a mobilidade e segurança dos peões; e grande enfoque foi dado à falta de estabelecimentos escolares públicos que há muito esgotaram a capacidade máxima.
É de salientar que o projeto de estacionamento na zona sul, entregue em mão a António Costa, detentor da pasta da Mobilidade, foi de pronto estudado e entrou na agenda dos técnicos municipais.
Só faltava uma Casa?
Os ativos voluntários do núcleo local do Refood, estão desejosos de contribuir para tornar Lisboa a primeira cidade do mundo sem desperdício alimentar, através do resgate de refeições que sobram na restauração para entrega a quem não tem o que pôr na mesa. A equipa tem sido incansável na procura de um espaço adequado para instalar o seu Centro de Operações, de baixo custo. Os diversos contatos junto das autarquias, paróquia, clubes, associações, escolas e empresariado locais, foram   infrutíferos. A Junta, não tendo património imobiliário, comprometeu-se a suportar a aquisição dos equipamentos utilitários necessários.

Sensível ao apelo da Inês Andrade, intervim junto da instituição certa, capaz de marcar a diferença no Parque das Nações, neste caso o CDS. A concelhia de Lisboa poderá ceder, provisoriamente, ao Refood Parque das Nações um espaço que arrendou, na Quinta das Laranjeiras, para servir de sede às freguesias orientais da cidade. Para isso basta a  necessária autorização por parte da Gebalis, tendo em conta que o projeto em questão visa um uso alimentar. No entanto e não sendo certa a hipótese atrás falada, fica aqui mais um apelo à responsabilidade social das empresas da zona e da sociedade civil, para que o Refood consiga, em definitivo, uma casa apropriada e digna à causa solidária.

(Con)gestão Urbana na Zona Expo
No início de 2013, a Parque Expo transmitiu à CML a responsabilidade de gestão do espaço e das infraestruturas públicas, na zona de intervenção da Expo 98. Nessa altura, o Presidente da Câmara comprometeu-se publicamente a manter a qualidade de vida e de serviços, pelo que manteve ou renovou contratos com as empresas privadas que prestavam os serviços de manutenção de espaços verdes, do mobiliário urbano e de infraestruturas, e a limpeza e varredura. Esta opção poupou o Parque das Nações de viver de perto a degradação provocada pela recente greve dos cantoneiros.

O mesmo não aconteceu com a iluminação pública. A rede elétrica local foi integrada no serviço prestado pela EDP ao município de Lisboa, mas aqui o resultado revelou-se escuro. As falhas de energia e as avarias sucedem-se: amiúde a Praça do Oriente fica na penumbra e a sul, na zona das Musas, a escuridão é uma constante. A conservação dos pavimentos também ficou a cargo da CML que recebeu da PEGU, responsável anterior pela reparação dos pisos, a verba afeta a tais obras. Lamentavelmente a edilidade canalizou estes fundos para outras freguesias. Aqui nada fez. Os buracos e os desníveis, cada vez mais e maiores, estão à vista de todos nós. Com a mudança administrativa, banalizou-se a erva nos passeios, vulgarizam-se os grafitos que vandalizam fachadas e equipamento público e banalizou-se a publicidade selvagem, vulgo cartazes de espetáculos e pendões de propaganda política que demoram meses a ser retirados. Outra inevitabilidade, os mupis comerciais que destoam da identidade sinalética uniforme do Parque das Nações. Principalmente se as setas direcionais adoptam cores berrantes, como as instaladas na zona norte.

Até ao dia 31, o serviço de manutenção dos espaços verdes (1/3 do território)  e a recolha de folhas, foi assegurado por 70 jardineiros que, no passado, chegaram a ser 110. No dia seguinte, de Lisboa apareceu uma dezena de jardineiros mal equipados e a prazo de 15 dias, mas desde então nunca mais foram avistados no Parque. Ao arrepio da sensatez e durante três meses, a CML acredita que 16 técnicos serão suficientes. Quando com o sol vier a utilização intensiva dos relvados, veremos como se aguentam.
Por mais que me esforce, não consigo entender esta estranha mania nacional de nivelar, por baixo, a qualidade de competências tidas como de exceção.

Ocaso sinalético
A nossa freguesia foi criada a13 de novembro de 2012, só que no limite sul do Parque, ainda permanece em contra-senso e geograficamente desajustado, o marco de boas vindas a Stª  Mª dos Olivais. Trata-se de um lapso que simbolicamente desvaloriza a identidade do território e de simples resolução, entre autarquias que alimentam relações de estreita parceria. Basta o Parque das Nações formalizar um pedido para que a freguesia vizinha retire o seu placard.

José Teles Baltazar veste Dunhill
(C.C Amoreiras – piso 2 –
lojas 2151/58  – tel. 213 880 282)[/vc_column_text][divider line_type=”No Line” custom_height=”50″][/vc_column][/vc_row]