Um projecto vencedor

Apenas com um ano de existência, o projecto Viver Sem Solidão é, já, um grande marco comunitário. Criado pela Delegação de Loures da Cruz Vermelha Portuguesa e Associação de Moradores e Comerciantes do Parque das Nações, com o apoio da Fundação AXA Corações em Acção, procura melhorar a qualidade de vida de pessoas através da cultura, convívio e vida activa e já conseguiu reunir mais de 70 pessoas em torno deste programa. Fica a conversa com Conceição Palha, responsável por mais um sucesso de marca local.

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Como surgiu este programa?
Há pouco mais de um ano, alinhámos as primeiras ideias para a criação de um programa onde pudéssemos reunir os seniores residentes no Parque das Nações. Tínhamos como horizonte pessoas com mais de 55 anos que procurassem uma melhoria na sua qualidade de vida, através do convívio, lazer, aquisição e partilha de novas experiências e saberes, dentro da sua própria comunidade.
É neste contexto que, a 5 de Maio de 2011, a “Casa do Arboreto” acolhe a primeira sessão do “Viver Sem Solidão”, numa meritória iniciativa da Delegação de Loures da Cruz Vermelha Portuguesa e Associação de Moradores e Comerciantes do Parque das Nações, com o apoio da Fundação AXA Corações em Acção.
Hoje estamos satisfeitos com o caminho percorrido; a adesão espontânea dos moradores do Parque das Nações foi uma gratificante realidade já que mais de 70 pessoas passaram pelo programa, trocando o isolamento das suas casas por um convívio saudável e reparador.

Fale-nos um pouco sobre o conceito do projecto?
Cultura, Convívio e Vida Ativa são as 3 vertentes que caracterizam o programa. Acreditamos que estes três ingredientes se completam contribuindo para o bem estar pleno do ser humano. É portanto uma boa fórmula para o equilíbrio físico e psicológico influenciando a dinâmica da vida das pessoas. Os Patrocinadores do Programa – Holmes Place Parque das Nações, a Casa da Felicidade (Yoga do Riso) e o Saboreia Chá e Café da Torre Vasco da Gama, estão connosco desde a primeira hora, na vertente Vida ativa e convívio. O seu empenho e dedicação foram um forte contributo para o sucesso do Programa.
Mas seria injusto não reconhecer que as Conferências e as muitas Palestras realizadas, ao longo de todo o ano, na “Casa do Arboreto”, foram, sem dúvida, o espaço mais abrangente e culturalmente mais rico no calendário de atividades do programa Viver Sem Solidão. A riqueza de conhecimento aportado pelos nossos conferencistas e palestrantes, associada aos muitos e variados temas abordados ao longo deste primeiro ano de existência do Programa, não deixam dúvidas sobre o grau de importância desta iniciativa para todos os Seniores que a elas assistiram, abrindo novos horizontes às suas vidas.

Para quando está previsto o início do 2.º ano e que mudanças vão ter?
Vamos iniciar a 11 de Outubro o 2º. Ano do “Viver Sem Solidão”. No essencial o programa vai manter a sua estrutura, mas iremos introduzir duas novas atividades indo, assim, ao encontro do que se revelou ter sido mais interessante para as pessoas. “À Descoberta de Lisboa”  assim se chamará a atividade a ocorrer na  terceira quinta-feira de cada mês.  Trata-se de visitas guiadas a pontos de reconhecido interesse histórico e cultural.  O professor Francisco Caméjo aceitou o convite de ser  nosso guia ao longo de todo o ano. É um privilégio para todos.
“Artes Aplicadas” é uma nova atividade a ocorrer na última quinta-feira de cada mês. Trata-se de workshops trimestrais  em áreas distintas. O primeiro decorrerá de Outubro a Fevereiro sobre a temática “Fotografia – Técnica de bem fotografar, incluindo tratamento e arquivo de fotografia digital.
Acreditamos que é possível envelhecer de forma ativa e, por isso, é importante apostar em iniciativas onde a valorização, participação e envolvimento dos seniores seja uma oportunidade de se sentirem úteis, devolvendo à sociedade muita da sua experiência acumulada ao longo dos anos. Da mesma forma, a prática de atividades culturais, artísticas e físicas, em grupo, proporciona uma melhor saúde psicológica e fisiológica ao mesmo tempo que cria relações mais fortes e estáveis no plano afetivo e social.
Este é o objetivo que nos move!